Através da Audacetech, a Stock Car Pro Series, principal categoria do automobilismo nacional, se uniu à Qualcomm Brazil e à Vivo para demonstrar uma nova tecnologia de transmissão usando conectividade 5G e Realidade Estendida (XR). Para quem não conhece, a Audacetech é a divisão tecnológica do Veloci Group, que controla a Vicar, empresa proprietária da Stock Car.
Entre as iniciativas planejadas que testamos está o Copilot Snapdragon, que permite a transmissão de corridas de maneira imersiva em 5G, proporcionando uma visão de 360 graus de dentro do carro para os espectadores, como se estivessem virtualmente ao lado do piloto.
Com uma pequena câmera 360 instalada dentro do carro, o usuário consegue, através de um óculos de Realidade Virtual desenvolvido em parceria com a Beenoculus, “enxergar” tudo dentro do espaço interno do carro, incluindo a visão e as ações do piloto. Sem dúvidas uma nova maneira de assistir a uma corrida de automobilismo.
Tecnologia Copilot Snapdragon testada
Em colaboração com as empresas Panorama Antennas e Beenoculus, o projeto já foi testado em uma das etapas da Stock Car em Interlagos (SP) e, em 9 de julho, foi apresentado aos fãs da competição no autódromo da capital paulista.
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A equipe do Tekimobile e outros jornalistas puderam experimentar em primeira mão a transmissão imersiva com óculos de realidade aumentada no estande Snapdragon em Interlagos. No futuro, os espectadores poderão acompanhar a corrida de qualquer lugar usando smartphones e PCs, por meio da funcionalidade de 360 graus, e a experiência será ainda mais completa com o uso de óculos de realidade virtual.
De acordo com a Audacetech, os planos são que essa tecnologia seja usada na temporada 2024 da Stock Car.
Como funciona a tecnologia e transmissão
A transmissão é realizada utilizando uma câmera de vídeo de alta resolução de 360 graus estabilizada, com soluções da Qualcomm Technologies. “Essa iniciativa pioneira oferecerá uma visão mais imersiva e detalhada das corridas, permitindo que o público acompanhe cada detalhe do que acontece no cockpit do piloto, como se estivesse realmente lá“, explicou Fransergio Vieira, Gerente Sênior de Desenvolvimento de Negócios da Qualcomm Serviços de Telecomunicações Ltda.
Para viabilizar o projeto, foi instalado no carro um roteador 5G veicular especialmente desenvolvido para suportar as altas temperaturas dentro do veículo, que utiliza a energia da bateria do carro como fonte de alimentação.
Esse tipo de roteador 5G veicular possui uma entrada para conectar uma antena externa do tipo “tubarão” 4×4 MiMo 5G fornecida pela Panorama Antennas, que foi instalada em cima do carro. A utilização dessa antena possibilitou a melhoria na captação do sinal 5G em toda a pista de Interlagos, mesmo com os carros em alta velocidade.
Outro ponto essencial foi a conectividade por meio da rede 5G fornecida pela Vivo. “A confiabilidade da conectividade 5G em toda a pista de Interlagos é fundamental em uma proposta como essa, já que a baixa latência, alta velocidade e capacidade da rede 5G garantem que a execução da experiência imersiva seja bem-sucedida”, afirma Elmo Matos, Diretor de Planejamento de Redes da Vivo.
Para que os usuários realmente possam experimentar a sensação de estarem virtualmente ao lado do piloto, foram utilizados nos testes e disponibilizados para os jornalistas óculos de realidade virtual fornecidos pela Beenoculus, baseados na plataforma Snapdragon XR2.
Como foi nosso teste
O óculos desenvolvido em parceria co a Beenoculus é bem confortável e leve. Ele segue o padrão de outros óculos de realidade virtual, com controle de foco e botões de comando. Ele pode ser controlado tanto pelo próprio óculos ou através de um controle remoto.
A imersão é total, a câmera 360 fica localizada no teto do carro, no óculos é possível ver todos os movimentos do piloto, o console do carro, cabos e tudo mais internamente. A conexão 5G no geral foi estável com um atraso de apenas 1 segundo, o que é algo extraordinário, levando em conta que o sinal sai de um carro em alta velocidade em um local cheio de inteferências.
Como a tecnologia está em fase de testes, a câmera utilizada não é uma câmera avançada, o que impacta na resolução de transmissão bem como na nitidez. Outros fatores de qualidade incluem a falta, por exemplo de um alcance dinâmico, já que não foi possível ver a pista pois a imagem ficou estourada. Abaixo a imagem que o telespectador vê dentro do óculos espelhada em um notebook:
Mas conversando com a equipe da Qualcomm, foi dito que para a temporada de 2024 câmeras com maior qualidade serão instaladas resolvendo esses problemas. Obviamente, isso não impacta em nada a imersão e a emoção do projeto, pois se trata de apenas um detalhe de equipamento.
Mas o copilot vai além da transmissão de imagem. Quem está no computador que recebe o sinal, também recebe constantemente sinais da telemetria do carro, localização na pista e informações sobre o carro, tudo em tempo real. Mostrando que a tecnologia promete muito em suas futuras aplicações.
Esse projeto é apenas uma das iniciativas que utilizam a Stock Car como plataforma. “O automobilismo sempre foi o esporte da tecnologia por excelência, e atualmente, categorias sofisticadas como a Stock Car são pioneiras no desenvolvimento de projetos inovadores. Tanto os fãs quanto os patrocinadores esperam que o esporte a motor funcione como um laboratório de experimentação tecnológica, e a conectividade é uma das fronteiras mais recentes e importantes para manter as corridas relevantes para todo o mercado”, completou Enzo Bortoleto, CEO da Audacetech.
Os produtos das marcas Snapdragon e Qualcomm são produtos da Qualcomm Technologies, Inc. e/ou de suas subsidiárias. As tecnologias patenteadas da Qualcomm são licenciadas pela Qualcomm Incorporated.
* André Luiz foi convidado pela Qualcomm a experimentar o Copilot em Interlagos