Review do Motorola Milestone 3

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06/01/2012 às 15:28 | Atualizado há 5 meses
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A terceira geração do mais famoso Android do mundo chegou. O Motorola Milestone 3 deu um grande upgrade no seu Hardware ganhando agora um processador dual core, saída HDMI além de uma linha a mais de teclas no seu famoso teclado QWERTY. Será que ele é capaz de competir com a avalanche de Android do mercado de hoje?

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Acessórios e embalagens

O Milestone 3 vem basicamente com o pacote de acessórios comuns hoje em dia para os smartphones tops de linha. Porém comparando com os Milestones anteriores ele vem com um acessórios a menos, o melhor deles: a doca multimídia. A Motorola preferir não fazer uma doca especial para o M3, na verdade fez mas não vem com ele, pelo menos neste que recebi para testes. Também já vou avisando que a doca dos anteriores não funcionam nele. Na verdade o que serve nele é o acessório que vem com o Motorola RAZR, que eu nem sei o nome mas não é uma doca. Abaixo fotos dos acessórios.

Design e construção

Ele segue o mesmo padrão de design dos modelos anteriores, o estilo quadradão ainda continua. Como ele tem um teclado físico slide, ele não é um aparelho fino. Além disso ele cresceu em relação à segunda geração na altura e na largura e afinou quase 1 mm. Esse fato é justificável já que a tela cresceu de 3,7 polegadas para 4 polegadas. Suas dimensões são 124 x 64 x 13 mm e pesa 167 grmas. Treze milímetros de espessura está um pouco acima da média atual dos smartphones com Android top de linha que raramente ultrapassam os 10 mm.

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Embora ainda tenha o design conservador da linha Milestone, o M3 está um pouco mais elegantes com suas bordas levemente arredondadas. Diferente dos anteriores não tem nada que foge do preto e cinza, nada de detalhes azuis ou dourado. O único detalhe diferente em questão de cores são as segundas funções do teclado que são em amarelo, mas nada que se destaque.

A parte de trás assim como os anteriores é levemente emborrachada, assim a “pegada” dele é ótima, dificilmente você terá um acidente derrubando o aparelho.

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Comparando com as versões anteriores o teclado está mais firme na abertura. Porém ainda acho o mecanismo dos Milestones um pouco rudimentar. Gostaria de ver um sistema de abertura mais moderno e engenhoso, com certeza daria um ar de mais sofisticação ao aparelho. Um exemplo a seguir é do teclado do Nokia E7 que é infinitamente mais moderno e melhor de manusear.

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Na parte da frente do aparelho temos sua tela de 4 polegadas, os quatro botões sensitivos padrões do Android e acima a câmera frontal de vídeo chamadas VGA. Um detalhe interessante é que na parte inferior do M3 a Motorola voltou ao design do Milestone 1. A parte frontal é menor que o teclado, sendo assim fica exposta na parte inferior um pedaço do teclado, no Milestone 2 a Motorola tinha mudado isso.

Na parte superior do celular temos o conector de fone de ouvido e o botão de ligar/ stand by. Na lateral direita os botões de volume e na lateral esquerda os conectores Micro USB e a saída Mini HDMI.

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Na parte traseira há a câmera de 8MPx que grava vídeos em full HD.

Teclado QWERTY

A marca registrada da linha Milestone/ Droid com certeza é o seu teclado. Dessa vez a Motorola resolveu não mudar tanto como fez na transição da primeira para a segunda versão. Ela segue o mesmo conceito usado no Milestone 2, com as teclas direcionais no canto inferior direito sem D-Pad, ou seja, o teclado toma conta de todo o aparelho.

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Senti que as teclas estão mais confortáveis de digitar que no M2. Estão mais maciais e como o tamanho do aparelho mudou, ele cresceu, as teclas ficaram mais separadas dando mais conforto na hora da digitação. Outra mudança bem vinda que aproveitou o aumento do aparelho, dessa vez nas laterais, foi que a Motorola colocou uma linha a mais de teclas compostas só de números como um teclado tradicional.

Tela

Ela cresceu como disse anteriormente, ela agora está com 4 polegadas e a resolução também aumentou e agora foi para 540 x 960 pixels a mesma do seu irmão Motorola Atrix. Porém achei a qualidade da tela do Milestone 3 levemente superior embora o brilho senti que é menor. Porém a interface Motoblur do M3 parece que não aproveita ao máximo a resolução da tela, não tenho confirmação técnica sobre isso, mas pareceu assim para mim. Por exemplo, ao abrir aplicativos e jogos ou mesmo vídeos a tela parece que melhora e fica mais brilhante e nítida, sinceramente acho que é problema com o Motoblur. O brilho da tela é suficiente para enxergar mesmo debaixo do sol.

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No geral a tela está boa, com brilho bom e principalmente um contraste de cores ótimo. Bem diferente da tela esbranquiçada do Milestone 1.

Hardware e desempenho

A grande mudança com certeza foi na parte de Hardware, colocando o Milestone 3 com um dos tops de linha do mercado atualmente, com exceção de sua memória RAM, ele não deve nada para outros modelos tops.

Muitos esperavam que ele viesse com o processador Tegra 2 usado no Motorola Atrix, mas não aconteceu. Mas na prática isso só muda na hora de instalar jogos que são exclusivos para o Tegra, pois em desempenho a CPU dele não deve nada para a da nVidia. Abaixo suas principais características:

  • Processador Dual-core OMAP4 da Texas Instruments  com 1GHz Cortex
  • GPU PowerVR SGX540 que é a mesma usada no Galaxy original
  • 512MB de RAM
  • 16GB de armazenamento internto

Como notaram ele tem apenas 512MB de memória RAM, ele merecia 1GB assim como tem o Atrix ou o Galaxy S2. Na ocasião do lançamento dele fiquei preocupado se a memória iria dar conta do recado ainda mais com o fato dele rodar o Motoblur, porém depois de testá-lo tive uma ótima surpresa já que em nenhum momento sua memória foi um empecilho para seu desempenho.

Na prática, ainda não existe aplicativo ou jogo que não possa ser rodado no Milestone 3. Nenhum jogo que testei siquer engasgou nele. Como ele não roda jogos da loja nVidia fica dificil testar seu desempenho para jogos já que os mais pesados estão lá. Porém existem uma versão do jogo Shadowgun para não-tegras e acreditem: o M3 rodou ela como se tivesse rodando Angry Birds. No vídeo Review logo abaixo eu demonstro.

Vou repetir mais uma vez: não levo muito em consideração testes de benchmarks já que a prática é bem diferente do que os testes mostram. Mas para os fanáticos por números o Milestone 3 fez no Quadrant, aplicativo mais utilizado para testes de benchmarks, 2249pontos – o Atrix fez algo em torno de 2600 e o Galaxy S2 passou de 3000.

Software e interface

O Milestone 3 roda o Android Gingerbread em sua versão 2.3.5 e traz novamente a mais nova versão do sistema Motoblur. O Motoblulr em si embora tenha ganhado uma firulas a mais me pareceu mais rápido do que as versões anteriores e até que tem um Widgets úteis, mas mesmo assim preferiria um aparelho sem ele.

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Ele agora conta com transições em 3D em forma de cubo tanto na hora de mudar de tela home screns – 5 no total – como no menu de aplicativos. Mais uma vez o Motoblur se torna o vilão, graças a essas transiçoes por diversas vezes o celular fica robotizado e lento na hora de abrir aplicativos. Note que é somente no momento dos “defeitos especiais” pois depois que o app ou jogo abre tudo fica muito rápido, resumindo: culpa do Motoblur.

Se ele tivesse mais memória RAM creio que isso seria diferente pois o RAZR tem a mesma interface – rebatizada de Motocast – e não apresenta esse lags na hora dos efeitos 3D, ele possui 1GB de RAM.

Como disse ele vem com o Android gingerbread e teoricamente a Motorola irá atualizar para a versão Ice Cream Sandwich até o fim do ano, repararam no teoricamente? ou seja, em hipótese alguma bote fé que isso aconteça. Até pode acontecer, mas está difícil acreditar em algum fabricante ultimamente.

O Milestone 3 traz uma saída HDMI e a Motorola mudou de atitude e adotou o modo de espelhamento ao conectá-lo em uma TV ou Monitor de alta definição. Digo  mudou porque no Atrix você era obrigado a usar a interface Webtop que deixava o celular extremamente lento.

No modo espelhamento o que aparece no celular é mostrado exatamente igual na TV (espelho né?). No vídeo abaixo demonstro ele conectado na TV, e claro, jogando.

Quanto ao desempenho da bateria podemos dizer que ele está dentro da média dos Androis tops de linha. Ele aguenta um dia de uso moderado com WiFi e 3G ligados direto e usando moderadamente o GPS, o Media Player e a câmera.

A navegação na internet também é bem rápida, seu hardware contribui para isso.

Câmera

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O calcanhar de Aquiles da Motorola é a câmera, isso é fato. No Milestone 3 a Motorola subiu do nível ruim para regular. A câmera não é lá essas coisas, porém faz fotos satisfatórias desde que é claro tenha uma boa iluminação. Falta um pouco de contraste nas cores e também há ruidos. Abaixo uma foto comparativa entre o Milestone 3 e o Motorola RAZR – No RAZR a câmera da Motorola subiu d conceito regular para bom. Abaixo uma foto tirada com ele com bastante luz. Cliquem nela para ampliar e notem o nível de ruido.

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Ele grava vídeos em HD 1080p à 30fps. A qualidade da gravação é razoável desde que tenha boa iluminação. Porém com ausência de luz, até mesmo debaixo de uma sombra, a gravação fica ruim e cheia de ruidos.

Pró e contras

Prós

  • Smartphone mito rápido, perdendo apenas para o Galaxy S2 e RAZR nesse quesito
  • Teclado bom e muito fácil e rápido para digitar
  • Tela boa com bom contraste e brilho
  • Bom desempenho para jogos

Contras

  • Aparelho pesado
  • Interface Motoblur lenta
  • Gravação de vídeos regular

Conclusão

Quem gosta de um aparelho com desempenho alto para tudo inclusive jogos e não abre de um teclado para digitação de textos longos, o Milestone 3 é a melhor opção hoje no  mercado brasileiro. Mas se você não faz questão do teclado há outros modelos similares e sem o peso e tamanho dele como o Optimus 2X, Optimus 3D ou o Motorola Atrix.

Galeria de fotos

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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.
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