O Moto G é o recordista de vendas em toda a história da Motorola, agora a empresa quer repetir o sucesso repaginando o seu smartphone, e eis que surge o novo Moto G 2014. Será que o raio cai duas vezes no mesmo lugar? Será que o novo Moto G continuará com o mesmo sucesso do anterior? Hoje ele já conta com vários rivais a altura que estão correndo atrás dele. Podemos citar o LG L90 e o Xperia M2. Será que ele continua a melhor opção? É isso que vamos descobrir nesse review.
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São 3 versões a venda do Moto G. A primeira e mais simples possui 8GB de armazenamento interno e é Single SIM. A segunda possui 16GB e é Dual SIM. E a terceira, e mais cara, possui 16GB é Dual SIM e também tem TV digital. Nós testamos esse último modelo.
Design e construção
Um das principais, e poucas, mudanças que o novo Moto G ganhou foi justamente o seu visual. Interessante que parece que ele é uma evolução do Moto E nesse quesito, e não do Moto G. Ele herdou do irmão Moto E o design que conta com 2 alto falantes frontais estéreos. Isso dividiu muito os usuários, mas é inegável que a qualidade de som dele é excelente.
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Na parte traseira ele é encurvado tanto na vertical como na horizontal. Na horizontal ele vai ficando mais estreito na parte inferior, já na vertical ele é em formato de concha. Os botões são prateados, que combinam com os alto falantes frontais.
Ainda na parte traseira, a Motorola caprichou no acabamento e trouxe o mesmo material usado no Moto X, um policabornato fosco e aveludado. Isso facilita muito a empunhadura, pois não escorrega e também não fica engordurado com impressões digitais. Ponto para a Motorola.
Tela
A segunda mudança foi justamente a tela. Agora ela é de 5 polegadas, o anterior tinha uma tela de 4.5 polegadas. Como a resolução continuou a mesma, 1280 x 720 pixels, a densidade diminuiu: 294 contra 326 do anterior. Mas isso não afetou em nada o desempenho da mesma. A tecnologia utilizada na tela é IPS. A tela é boa, porém ela continua com um desempenho fraco quando está sobre a luz do dia, ficando difícil de enxergar algo. Mas isso é relativamente normal em smartphones intermediários. Igual ao modelo anterior, a tela é revestida com proteção Gorilla Glass 3, da Corning.
Software
Ele roda o Android 4.4.4, ou seja, está mais que atualizado. Isso é uma das principais características desse modelo, pois é quase um Nexus. Depois dos Nexus, são os que mais rapidamente são atualizados. Podemos considerar que ele roda um Android puro, afinal dos 36 aplicativos pré-instalados apenas 5 são da Motorola.
Migração Motorola
Um dos aplicativos mais úteis que poderia vir em um smartphone. Com ele, você consegue transferir todos os dados de seus antigo smartphone para o Moto G. Ele consegue transferir, além de senhas e configurações, SMSs, fotos, músicas, histórico de chamadas e contatos.
Alerta
É possível determinar um grupo de contatos, para que aplicativo envie dados sobre sua localização, mensagens de textos especificas ou relatório de posicionamento em casos de emergência.
Ajuda
Oferece um apanhado de perguntas e respostas de suporte ao usuário ao estilo FAQ, com canal de atendimento por voz e chat com a central de relacionamento da Motorola.
Assist
O usuário pode criar perfis com ações que o smartphone deve seguir automaticamente, como em reuniões ou durante o sono. Também é possível configurar uma mensagem para ser encaminhada aos contatos não atendidos em um determinado horário.
TV Digital
No caso do modelo que testamos, ele possui conexão com TV digital, no caso o formato de imagem reproduzido é o 1-Seg, que embora não seja HD ou full HD exibe boas imagens dependendo da região em que o usuário estiver, quando está em digital. O recurso é interessante, porém emergencial. A captação de sinal depende de uma antena que é plugada do fone de ouvido, porém é dificil ter uma boa recepção de sinal, mesmo em locais abertos. Além disso, o padrão 1-seg não é a sétima maravilha do universo.
No geral, ele é rápido, muito rápido. Não fica devendo em nada para qualquer topo de linha durante o uso cotidiano. Não travou nenhuma vez durante os testes e o Android soube gerenciar muito bem os aplicativos, mesmo quando mais de 10 estavam abertos e não comprometeram em nada o uso dele.
A função de Dual Chip conta com o recurso de chamada inteligente, que vincula a operadora dos seus contatos mais frequentes, para que a próxima ligação ocorra a seleção automaticamente. A seleção automática do chip permite ao discador indicar a melhor operadora para uma determinada ligação, com base na operadora do seu contato ou com a qualidade do sinal. Todos os modelos da segunda geração do Moto G contam com dual-chip.
No geral ele se saiu muito bem. Consegue rodar vídeos em full HD sem travar, roda todos os jogos existentes na Play Store, embora alguns fiquem com qualidade reduzida. No Antutu ele fez algo em torno de 19 mil pontos, a mesma pontuação da versão anterior. O Moto G, em termos de software, se equivale aos topos de linha do mercado, graças ao Android puro. Isso é um dos motivos que o torna um dos melhores smartphone do mercado, levando em conta o custo beneficio.
Hardware
Aqui podemos dizer que é um ponto fraco, mas dependendo do ponto de vista é um ponto forte, abaixo explicamos isso. Ele continua praticamente com o mesmo hardware da versão anterior pois a única mudança, super bem vinda, é que agora ele tem expansão de memória interna para cartão SD, apesar que o Moto G 4G também tenha. Abaixo uma lista do seu hardware:
- Processador Snapdragon 400 Quad-core de 1,2 GHz
- 1GB de RAM
- 8/16GB de memória interna + cartão SD
- GPU Adreno 305
Se por um lado ele ficou “devendo” por manter o mesmo hardware, pelo outro ele continua com o mesmo preço praticado na versão anterior quando lançado. Então podemos dizer que ele melhorou (tela e cartão SD) e continuou com o mesmo preço.
Câmera
As câmeras também ganharam upgrades. A principal, antes de 5MP agora é de 8MP, a secundária que era de 1,3 agora passou para 2MP. Não só nos números de megapixels ela melhorou, mas no desempenho também. Embora as fotos continuam sendo medianas, ela melhorou bastante em comparação com a versão anterior. Mas a principal mudança na câmera principal não foi a quantidade de megapixels e sim a abertura da lente. O Moto G 2013 tinha uma abertura f/2.4, o novo Moto G vem com a abertura de f/2.0.
O acesso ao menu continua o mesmo, embora os recursos de software sejam extremamente econômicos, pois faltam muitas opções básicas como controle de luminosidade, ISO, temporizador e etc. Mas para fotos rápidas e sem firulas, as poucas funções dão conta do recado. O destaque vai para o modo HDR que melhora bastante a qualidade das fotos e é bem rápido, não precisa ficar um tempão segurando o celular na posição esperando ele processar o efeito, como acontece com alguns smartphones. Mas o que mais me impressionou foi a melhora graças a nova abertura f/2.0. Além de melhorar as fotos tiradas com pouca iluminação, a focalização de objetos também melhorou bastante. Dá para tirar uma foto de um objeto e desfocar o fundo de um modo satisfatório (ou vice versa), obviamente lembrando que estamos falando de um celular e não de um DSLR. Abaixo um exemplo, focando primeiro o brinquedo à frente depois o de trás.
Em um ambiente bem iluminado ele tira boas fotos. Mesmo em ambientes fechados ele consegue um bom desempenho, embora um pouco granuladas. Abaixo alguns exemplos:
Na hora de gravar vídeos ele é mediano. Primeiro por não gravar em full HD, mas mesmo com qualidade HD a qualidade não é lá aquelas coisas e se a situação filmada conter movimentos, eles ficam bem lentos no resultado final. Pelo menos há uma opção de filmar em câmera lenta, que dá pra brincar um pouco. Mas, novamente repito, um smartphone que custa menos de 1000 Reais é aceitável não ser tão bom no quesito câmera. Com em vários aspectos ele se compara com topos de linha, as vezes queremos comparar em tudo.
Bateria
Falar de bateria é complicado, pois cada usuário tem um perfil e hoje em dia não há milagres. No meu caso, com uso moderado: WiFi e 3G ligados sempre, TV raramente, música cerca de 2 horas no dia, vídeos raramente e jogando cerca de 1 hora por dia, ele dura cerca de 12 horas sem problemas. Poderia ser mais, porém fico praticamente o dia todo verificando e-mails e mensagens, ou seja, o display (sempre no máximo do brilho) fica muito tempo ligado, e é justamente ele que gasta mais energia. Lembrando que a bateria do novo Moto G é de 2.070 mAh, exatamente a mesma da versão anterior.
Vídeo Review
Prós e contras
Prós
- Preço imbatível
- Bom hardware
- Android atualizado
- Bom acabamento para sua categoria
Contras
- Câmera razoável
- Tela razoável
- Ausência de 4G
Conclusão
Respondendo a pergunta lá do primeiro parágrafo: Um raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar pois o novo Moto G continua sendo disparadamente o melhor custo beneficio da atualidade. Porém, dessa vez, ele tem concorrentes com preços bem próximos e com o mesmo hardware. O LG L90 tem um design mais atraente, mais isso é relativo e questão de gosto. O maior rival seria mesmo o Xperia M2, pois só possui uma tela pior, em compensação tem uma câmera infinitamente melhor e ainda conexão 4G.
Vale a pena trocar o Moto G antigo pelo novo? Não, aqui explicamos o porque.