▲
- A startup Ocient obteve um investimento de US$ 42,1 milhões para expandir suas soluções de IA e dados operacionais.
- Se você atua em empresas que lidam com grandes volumes de dados, essa iniciativa pode tornar a análise de dados mais acessível e sustentável.
- Esse aporte deve facilitar a operação de empresas, reduzindo custos e consumo de energia.
- A Ocient também visa novos setores, como telemetria automotiva e modelagem climática, o que pode abrir novas oportunidades de mercado.
A startup Ocient acaba de receber um investimento de 42,1 milhões de dólares para acelerar o desenvolvimento de soluções eficientes para IA e dados operacionais. O foco é reduzir custos e o consumo de energia, que são grandes desafios para empresas que trabalham com grandes volumes de dados e inteligência artificial. A empresa pretende tornar a análise de dados em hiperescala mais acessível e sustentável, especialmente em um momento em que os gastos com energia estão cada vez mais altos.
Novo investimento impulsiona soluções eficientes para IA e análise de dados
A Ocient, fornecedora de data warehouses de hiperescala, anunciou um aporte de US$ 42,1 milhões como extensão da sua rodada de financiamento Série B. O objetivo é acelerar o desenvolvimento e a entrega de soluções eficientes para IA e dados operacionais, que são frequentemente caros e complexos de gerenciar.
Esse investimento não apenas aumenta o caixa da startup de Chicago, mas também reforça sua missão de tornar a análise de hiperescala radicalmente mais barata e ecológica. A iniciativa surge em um momento crucial, já que as empresas temem o aumento das contas de energia dos data centers.
Com essa nova rodada, o financiamento total da empresa chega a US$ 159,4 milhões. A rodada mais recente foi liderada por investidores focados em clima, como a Blue Bear Capital e a Allstate Strategic Ventures, o que indica que a eficiência das plataformas de dados está sendo vista como uma questão climática, além de uma questão de desempenho.
O CEO da Ocient, Chris Gladwin, disse que a arquitetura da Ocient já oferece ganhos de “dez para um em preço-desempenho” em cargas de trabalho de múltiplos petabytes. Existem planos em andamento para levar essa vantagem a novos setores, desde a telemetria automotiva até a modelagem climática. A startup dobrou suas receitas por três anos consecutivos e nomeou Henry Marshall, ex-CFO da empresa de infraestrutura espacial Loft Orbital, para conduzir suas operações financeiras, indicando que a Ocient está entrando em uma fase de crescimento formal.
Leia também:
Rodada de financiamento focada na economia climática
O aporte de US$ 42,1 milhões acontece após a rodada de US$ 49,4 milhões em março de 2024, que elevou o capital investido da Ocient para US$ 119 milhões e marcou um crescimento de receita de 109% ano a ano. Além de seus novos investidores, a empresa mantém o apoio da Greycroft e da OCA Ventures, com a Buoyant Ventures apoiando a extensão por sua “abordagem diferenciada para fornecer análises com eficiência energética”.
Gladwin conectou a rodada a uma missão maior: “As empresas estão lidando com ecossistemas de dados complexos, disponibilidade de energia e a pressão para controlar os custos, ao mesmo tempo em que provam o valor dos negócios”, afirmou.
Hoje, dados são cruciais para as empresas, e, com o acordo entre Brasil e Chile para desenvolver IA na América Latina, a expectativa é que o setor cresça ainda mais.
Por que a análise de hiperescala atinge um limite
Os data warehouses modernos prosperam quando os conjuntos de dados são medidos em terabytes. Além disso, a E/S de rede e armazenamento se torna o ponto de estrangulamento, não os ciclos brutos da CPU. Como Gladwin disse, “Quando os conjuntos de dados ficam maiores, o fluxo de dados do armazenamento para as unidades de processamento se torna o verdadeiro fator limitante”.
Em implantações de telecomunicações, ad-tech e governamentais, os mecanismos de consulta devem escanear trilhões de registros enquanto simultaneamente ingerem fluxos que continuam chegando. As arquiteturas de nuvem tradicionais que separam computação e armazenamento de objetos forçam grandes volumes de dados pela rede, aumentando a latência e o uso de energia. Esses custos aumentam ainda mais à medida que as empresas sobrepõem cargas de trabalho de IA e geoespaciais umas sobre as outras.
Como funciona a arquitetura da Ocient
A Ocient inverteu o padrão da nuvem ao colocar SSDs NVMe bem próximos à computação no que chama de Compute-Adjacent Storage Architecture (CASA). O cofundador da empresa, Joe Jablonski, explica que esse design pode “executar trilhões de operações por segundo” em equipamentos comuns.
Complementando a CASA está o MegaLane, uma estrutura interna de alta largura de banda que mantém “um milhão de tarefas paralelas em voo”, como Gladwin gosta de dizer. O resultado: a Ocient alega ganhos de 10 vezes em preço-desempenho em cargas de trabalho de SQL e aprendizado de máquina (ML), e entre 3x e 300x em trabalhos geoespaciais, dependendo da complexidade da consulta — números que o CEO reiterou durante a entrevista.
A ingestão sempre ativa, além da confiabilidade de “cópia zero”, significa que as empresas podem executar ETL, SQL ad-hoc e ML no mesmo conjunto de dados sem recorrer a sistemas separados.
Redução de energia, não apenas de custos
A eficiência é a nova arma competitiva. O próprio estudo de caso da Ocient mostra uma pilha de telecomunicações legada encolhendo de 170 nós para 12 nós ricos em NVMe, reduzindo o consumo de energia para 12 kW — uma redução de 90% em energia, custo e espaço ocupado. A empresa dobrou a aposta ao certificar seu software em processadores AMD EPYC de quarta geração, que oferecem 3,5 vezes mais poder de processamento e o dobro da taxa de transferência de memória por rack, reduzindo ainda mais os quilowatts-hora por consulta.
Gladwin define as apostas de forma direta: “A demanda de energia nos data centers está acelerando; a oferta não está. A eficiência não é opcional”. Essa mensagem ressoa com investidores como a Blue Bear, cujo novo fundo climático de US$ 200 milhões tem como alvo soluções eficientes para IA para infraestrutura com alto consumo de energia.
Tração no mercado e novas fronteiras
A base de clientes da Ocient abrange operadoras de telecomunicações, agências de inteligência, bolsas de ad-tech e empresas de tecnologia financeira que processam dados de negociação de alto volume. Este ano, a empresa lançou sua primeira solução nomeada, o Sistema de Retenção e Divulgação de Dados da Ocient, para ajudar os provedores de telecomunicações a cumprir os requisitos de divulgação legal de forma mais rápida e com menor uso de energia.
Gladwin afirma que a próxima onda de crescimento virá da análise de sensores automotivos e da modelagem de inteligência climática, onde os fluxos de trabalho atuais dependem de supercomputadores; a arquitetura da Ocient poderia reduzir esses custos em pelo menos 75%, permitindo análises de risco mais frequentes para seguradoras e empresas do agronegócio.
Competindo no nível de hiperescala
A Ocient não se apresenta como um banco de dados de IA generativa. Gladwin argumenta que existem inúmeras outras empresas já atendendo a esse nicho e que o ponto forte da Ocient continua sendo a análise estruturada de alto volume. Ainda assim, o warehouse armazena vetores com funções de álgebra linear integradas e tem um índice de similaridade no roadmap.
Contra líderes de nuvem como Snowflake e Databricks, o argumento de venda da Ocient é o ponto em que a escala e a concorrência tornam as arquiteturas de armazenamento remoto muito lentas ou muito caras. Analistas do setor dizem que o limite normalmente aparece acima de algumas centenas de terabytes, mas as cargas de trabalho de telecomunicações geralmente o atingem muito antes devido à ingestão incessante de dados.
Implantações flexíveis
Uma das razões pelas quais a Ocient conquistou acordos governamentais e de telecomunicações é a escolha de implantação. A plataforma é fornecida como software para clusters locais, como um serviço gerenciado em nuvens públicas ou por meio do próprio OcientCloud da empresa. Isso importa quando as regras de soberania de dados proíbem SaaS externo ou quando os clientes desejam manter a computação próxima às redes de acesso de rádio.
Próximos passos
A Ocient afirma que o novo capital acelerará seus esforços e financiará investimentos em pessoal de engenharia e programas de parceria definidos para se expandir de acordo.
“O crescimento futuro virá de ideias que ninguém pensou ainda”, disse Gladwin, apontando para os modelos climáticos como um desses domínios nascentes. Se a Ocient puder continuar transformando dores de cabeça de petabytes em respostas em menos de um segundo, ao mesmo tempo em que reduz contas e emissões de carbono, a aposta de uma década por trás da CASA poderá redefinir o que “escala empresarial” significa na era da IA faminta por dados.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via VentureBeat