O Moto G é o smartphone mais vendido da história da Motorola. Mas em suas duas últimas versões ele não teve tanto sucesso assim, pelo menos no meio mais técnico. Agora, em sua quarta versão, o Moto G5 Plus novamente parece retornar ao seu trono de melhor custo x benefício. Querem saber porquê? Confiram nosso review abaixo.
Em sua quinta versão, o Moto G5 agora chegou em 2 versões diferentes, a comum que já fizemos review, e a mais parruda que é o Moto G5 Plus. Demorei alguns meses para fazer esse review, justamente para esperar o preço dele baixar e estabilizar.
Cerca de 3 meses após o lançamento, quando custava R$ 1500, agora ele está custando cerca de R$ 1100. Com preço bem menor posso afirmar: é a melhor opção de smartphone intermediário no mercado. Mas não confundam com intermediários premium, pois ele está longe disso. Acreditem, por R$ 1500 ele seria um tremendo mau negócio. Por isso vocês lerão discrepâncias de opiniões com reviews feitos há 3 meses atrás.
Design e acabamento
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Seguindo ainda a linha de design das versões anteriores. Agora o Moto G5 Plus trás um visual misturado da quarta e da terceira versão. Ele subiu de nível. A traseira tem uma tampa inteira de aluminio, e as bordas, embora de plástico, dão uma aparência mais premium que em versões anteriores.
Ele é um aparelho relativamente fino com apenas 7.7 mm. Além disso, seu visual curvado deixa ele ainda mais esguio e bonito. Porém, na traseira, há a câmera com o famoso “tumor” da linha Z. Com cerca de 1 mm passando da traseira, o calombo acaba incomodando um pouco.
Outro ponto negativo no seu design é o excesso de bordas. Tudo bem que a proposta não é um smartphone com design de primeira. Mas as bordas nas laterais da tela são grandes e mesmo com uma tela de 5,2 polegadas, ele tem praticamente a mesma largura de aparelhos de 5.5 polegadas, por causa delas.
Tela
Com uma tela de 5,2 polegadas, ele diminui em relação ao Moto G4 Plus que tinha tela de 5,5. Ao meu ver ficou melhor. Como disse acima, com um design com bordas largas, 5,5 polegadas não ficaria ergonomicamente legal. Além disso, 5,2 fica melhor com a resolução full HD adotada. No geral, os ângulos de tela são excelentes. Mesmo debaixo de luz dá para enxergar satisfatoriamente as informações na tela. Claro que seria melhor uma tela de AMOLED como no Z2 Play que garantiria maior contraste, mas para o preço atual está de bom tamanho.
Hardware e desempenho
Aqui o ponto forte e onde o Moto G5 se destaca frente a faixa de R$ 1000. Ele possui o excelente processador Snapdragon 625, considerado o melhor lançamento do ano passado da Qualcomm graças ao equilíbrio entre perfomance e economia de bateria. O ponto negativo, e maior motivo de reclamação, é seus 2 GB de RAM. Lá fora ele é vendido em opções de 3 ou 4 GB de RAM. Para fechar ele vem com 32 GB de armazenamento interno e expansão via Micro SD até 256 GB.
Quando aos 2 GB de RAM, realmente seria um problema grande na faixa de preço de lançamento. Afinal, posso garantir que o mínimo para o Android funcionar satisfatoriamente hoje em dia são 2GB, ou seja, o Moto G5 Plus não vai ser bem usável por mais de 2 anos. Obviamente, essa quantidade de RAM não suportaria usuários hardcore que exigem muito da multitarefa, acreditem, ele não aguenta. Depois desses 3 meses, 5 aplicativos já não é uma tarefa rápida no Moto G5 Plus. Mas vale lembrar que com R$ 1400 é possível comprar o Moto Z Play, que possui o mesmo processador mas 3 GB de RAM. Se o G5 Plus tivesse mais de 2 GB, não faria sentido ter ele no mercado. Isso acontece lá fora porque o preço do Moto G5 é bem inferior.
Então ele é ruim? Definitivamente não. Estamos falando de um aparelho de R$ 1000. Embora seja um valor alto, infelizmente é o padrão do Brasil hoje. Abaixo disso somente smartphones de entrada que nem de longe entregam o que o G5 Plus vai entregar com seu processador Snapdragon 625.
Ele rodou todos os jogos que testei, graças a GPU Adreno 506. Claro, que jogar com o máximo de frames não será possível na maioria dos jogos pesados. Mas no geral, todos os jogos da Google Play irão rodar de forma satisfatória. Ele faz pouco mais de 60 mil pontos no Antutu, para aqueles que ligam para isso (não é o meu caso).
O ponto negativo na parte de hardware fica por conta da ausência do USB Tipo C. O velho micro USB está aqui. De imediato não faz diferença, mas daqui um ano o padrão Tipo C já estará dominando, isso é fato. Donos do G5 Plus ficarão para trás.
Bateria
Todos os aparelhos equipados com o Snapdragon 625 possuem uma boa perfomance no consumo de bateria. Com o Moto G5 Plus não é diferente. Nos meus dias de teste, tirando o smartphone da tomada às 9h, e utilizando 2h de streaming de música no 4G e 1h30min de navegação no 4G, com brilho no automático, eu consegui chegar até o final do dia (por volta de 22h ou 23h) com níveis entre 35% e 45% de bateria.
É uma bateria que deverá ser suficiente para aguentar um dia inteiro para a maioria das pessoas. Se não aguentar, o carregador rápido de 15 watts faz um bom trabalho em enchê-la rapidamente, com uma carga completa demorando menos de duas horas. Mas com 30 minutos já dá cerca de 35% de carga.
Ele também é rico em conexões: além do comum, possui NFC e TV Digital.
Software
A proposta de Android puro, original da Motorola, aos poucos a Lenovo vem colocando mais concessões na interface. O Moto G5 Plus trás um widget personalizado, usado em aparelhos da Lenovo. Além disso trás um app de papéis de parede de gosto duvidoso, como se não houvesse milhares do tipo na Google Play. Além é claro do app Moto Tela. Mas, no geral, o software ainda continua bem próximo da experiência de um Android stock.
Os diferenciais permanecem no aplicativo Moto, onde é possível ativar os atalhos do sensor biométrico e configurar os vários gestos de movimento para ativar determinadas funções — agitar duas vezes para ligar a lanterna, fazer um movimento de acelerar uma moto para abrir a câmera, deixar a tela virada para baixo para silenciar notificações, e por aí vai.
Desta vez, a Lenovo decidiu colocar a TV digital na versão mais cara. O esquema é o mesmo das gerações anteriores: você precisa colocar uma antena na entrada de 3,5 mm (que pode ser o próprio fone de ouvido ou um simples “rabicho” incluso na caixa) e assiste aos canais em HD onde houver sinal forte. O aplicativo mostra a grade de programação dos canais e permite gravar os programas. É um recurso bacana para não depender da conexão móvel se você quiser assistir a um programa ao vivo na TV aberta.
Mas não espera atualizações no ritmo dos Google Pixels ou Nexus. Já faz um tempo que isso não vem acontecendo, já que até mesmo as atualizações de segurança que o Google libera todos meses demoram para chegar nos aparelhos da Motorola. Pelo menos ele já foi atualizado para o Android 7.0 Nougat.
Câmeras
Esse eu acho o maior destaque do MotO G5 Plus. Sua câmera principal briga de igual com muitos tops de linha do mercado que custariam de 2 a 3 mil Reais. O sensor de 12 megapixels com foco por detecção de fase e a lente com abertura de f/1,7 de fato entregam bons resultados. As fotos são detalhadas, têm bom alcance dinâmico e não apresentam ruídos mesmo em condições mais difíceis.
Durante o dia, o Moto G5 Plus entrega fotos com cores equilibradas, sem exagerar na saturação, e um ótimo nível de detalhes. O filtro de sharpening não é agressivo e deixa as imagens com um aspecto natural. O pós-processamento da Lenovo também consegue ressaltar bonitos degradês no céu e bons verdes no solo.
Prós e contras
Prós
- Excelente câmera, a melhor da categoria
- Hardware potente, (menos a memória RAM)
- Bateria satisfatória
- Tela com boa qualidade
Contras
- Poderia ter mais memória RAM
- Conector não é USB Tipo C
Conclusão
Se você procura por um smartphone que seja barato, mas não abre mão de ter uma boa câmera e um desempenho satisfatório, o Moto G5 Plus é a melhor opção atualmente. Seus concorrentes são o Galaxy A5 2017 que possui melhor acabamento, melhor tela e melhor bateria, mas é mais caro e mais lento. E o Zenfone 3 5,2 polegadas, que possui um hardware bem parecido, câmera quase equivalente, embora tenha estabilizador ótico que em certas situações pode ser melhor e tem mais RAM. Por outro lado tem um software pesado e que consome boa parte da RAM e é mais caro.