A Motorola lançou ontem (13) em Los Angeles o aguardado Motorola Razr, o primeiro smartphone dobrável da empresa. Ele revive o design do icônico Razr V3, famoso smartphone de flip que é um dos 10 telefones celulares mais vendido de todos os tempos.
Se Samsung e Huawei mostraram seus celulares dobráveis que viram tablets, a Motorola tentou algo totalmente novo. O Motorola Razr é um smartphone que aberto tem uma tela de tamanho comum com 6,1 polegadas e, quando fechado, fica quase quadrado e mostra uma pequena tela de 2,7 polegadas.
Leiam também
- Samsung anuncia Galaxy Fold, primeiro smartphone dobrável
- Huawei apresenta o Mate X, seu smartphone dobrável
Segundo a Motorola, para chegar a esse formato final, a empresa testou 26 protótipos. O seu formato concha, faz com que a tela se feche para dentro e sua dobradiça, segundo a empresa, evita deixar um vico tão aparente como a concorrência.
Motorola Razr tem telas de OLED
Ambas as telas do Razr são feitas de OLED. A externa, pequenina, tem 2,7 polegadas e resolução de 600 x 800 pixels. Ela não está ali para nada, mesmo sendo pequena, é possível usar ela com a câmera, responder mensagens, usar o Google Assistente, etc.
Leia também:
Dá até para usar a câmera principal com ela. Com o famoso movimento da Motorola de chacoalhar o celular para abrir a câmera, ele abre a câmera principal e usa a tela externa para tirar a foto, sem precisar abrir o smartphone, sendo possível assim tirar uma selfie.
Já a secundária possui 6,2 polegadas e tem resolução full HD plus de 2142 por 876 pixels. Ela fica bem esticada, com proporção de 21:9, padrão usado nos novos modelos da linha One.
Especificações técnicas do Motorola Razr
- Tela dobrável de 6.2″ pOLED HD (2142x876p) 21:9
- Visor externo de 2.7″ gOLED (600x800p) 4:3
- Processador Snapdragon 710
- 6GB RAM e 128GB de armazenamento
- Leitor de impressões digitais
- Android 9 Pie
- Peso de 205g
- Bateria de 2510 mAh
- Câmera principal de 16mp f/1.7
- Câmera frontal de 5mp f/2.0
Foco é no design
Como notaram na ficha técnica acima, o Motorola Razr tem hardware de intermediário. O processador usado foi um da linha 700 da Qualcomm e possui somente uma câmera principal.
Mas, o que mais preocupa, é sua bateria. Com apenas 2.510 mAh, é difícil pensar que ele aguentará um dia de uso, mas é tudo pelo design, afinal não há muito espaço para bateria ali.
Segundo o Tecmundo, a tela até que é protegida nas laterais, porém, antes de dobrar, eles notaram que a tela sobe um pouco e é possível até olhar por trás da mesma. Certeza que irá acumular poeiras ali.
O Motorola Razr é construído em metal e vidro, e o aparelho aparenta ser resistente e premium. Fechado, ele parece bem encaixado e sem vãos aparentes.
Um detalhe é que quando fechado, ele fica gordinho com 14 mm, algo bem acima dos padrões de hoje e é quase a grossura do antigo V3. Mas até aí é normal, o Galaxy Fold é até mais espesso com 15.5 mm.
Quando aberto, ele possui um queixo na parte inferior idêntico ao V3, ali ficam abrigados o alto-falante e um leitor de impressões digitais.
Tudo tem seu preço
Custando U$ 1.499 (R$ 6.250), fica claro que a Motorola não está se importando muito com o preço não. Embora seja mais barato que o Galaxy Fold quando lançado – U$ 1.980 – o apelo da Motorola está no design e não em especificações.
É inimaginável pagar esse valor em um smartphone comum com essas especificações. A Motorola irá apostar na nostalgia. Assim como no Brasil, o V3 foi um sucesso absoluto nos EUA e vendeu muito durante anos.
Ele já está em pré-venda nos EUA, mas chega oficialmente somente em janeiro de 2020. Por outro lado, a Motorola confirma que ele virá para o Brasil, em breve termos mais informações.