Celulares Pixel e Galaxy se tornarão chaves de carro

Empresas uniram forças e em breve, segundo elas, várias montadoras terão suporte a abertura de portas somente aproximando o celular do veículo
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18/05/2021 às 16:06 | Atualizado há 4 anos
BMW Pixel Galaxy chaves

Seguindo os passos da Apple, que anunciou que iPhones seriam chaves de carros, o Google anunciou hoje no evento Google I/O 2021 que está indo para o mesmo caminho. O recém anunciado Android 12 permitirá oficialmente que “celulares da linha Google Pixel e Samsung Galaxy selecionados” se transformem em chaves de carro ainda este ano.

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Isso não significa que o Google está atrasado ou imitando a Apple, mas sim porque as montadoras de automóveis ainda estão adaptando a tecnologia. Na verdade, o anúncio do Google nomeia apenas uma única marca — BMW — que já anunciou que trabalharia com a Samsung no início deste ano, mesmo assim, a montadora só prometeu um único carro até agora na parceria com a Samsung.

O objetivo final aqui é substituir a “volumosa” chave — que digá-se de passagem já permite que você nem a precise tirar do bolso mais — com o seu celular, usando novas conexões via rádio ultra-wideband (UWB) para dizer com segurança ao seu carro que você está realmente parado bem na frente dele. A Apple silenciosamente colocou esses rádios em quase todos os seus novos iPhones e seus mais recentes Apple Watch Series 6, e presumivelmente o anúncio de hoje significa que o próximo Google Pixel também os terá. (Eles também podem deixar você localizar seu carro em um estacionamento lotado, algo que a Samsung planeja aproveitar.)

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Além disso, seja por causa da compatibilidade invertida ou porque eles estão beliscando centavos, tanto a tecnologia do Google quanto da Apple também suporta comunicação de campo próximo (NFC), o que exige que você puxe fisicamente o telefone do bolso e toque-o em um carro como o BMW Série 5 2021. De certa forma, isso é um passo para trás da humilde chave de rádio fob.

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O que é UWB?

Banda ultra-wide significa apenas comunicações de rádio de alta frequência acima de 500MHz, mas agora se refere a duas ideias específicas:

  1. UWB é um padrão onde os dispositivos transmitem pulsos curtos e de baixa potência para revelar e verificar com segurança sua localização. É útil para rastreadores de itens, chaves digitais do carro, e para evitar que robôs se esbarrem.
  2. 5G UWB é um termo de marketing para conexões de internet celular de curto alcance e alta velocidade que operam em frequências de ondas milimétricas.

Agora, a BMW provavelmente não é a única montadora interessada no potencial da UWB: a Hyundai, pelo menos, é membro do Consórcio FiRa que está pressionando especificamente pela UWB, e tanto a Hyundai quanto a Kia também são membros da UWB Alliance.

(Apple, Google, Samsung, LG, BMW, GM, Honda, Hyundai e Volkswagen também estão no conselho do Consórcio de Conectividade de Carros, embora esse grupo esteja promovendo tanto NFC quanto UWB em seu padrão de chave de carro digital.)

Não importa o que as montadoras escolham, parece provável que a participação em órgãos de padrões e suporte global ao Android permitirá que você use (e compartilhe) sua chave de carro digital entre marcas de smartphones. A Samsung anunciou no início deste ano em seu evento Galaxy S21. O Google diz que compartilhará mais em padrões quando for lançado ainda este ano.

Em outras notícias android/automotivas, o Google disse que os carros da BMW e da Ford em breve suportarão o Bluetooth Fast Pair para emparelhar seu telefone Android com um único toque. O próprio Android Auto — o sistema baseado em smartphones que existe há seis anos e compete diretamente com o CarPlay da Apple — já chegou a 100 milhões de carros, diz a empresa.

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O Google também promete que, daqui para frente, a “grande maioria dos novos veículos” da GM, Ford, Honda e outras montadoras suportará o Android Auto sem fio, não precisando tirar o telefone do bolso e conectá-lo. Esse é um recurso que vem sendo lançado lentamente desde sua introdução em 2016, em parte porque não era nativo de telefones Android até agosto passado, em parte porque as montadoras estavam retendo em sistemas  alimentados pelo Google, e talvez porque o Android Auto foi metodicamente lançado em partes do mundo em vez de  emtodos os lugares simultaneamente.

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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.