Um novo estudo realizado na Universidade de Bristol no Reino Unido, concluiu que em apenas 20 minutos o coronavírus SARS-CoV-2 fica mais fraco e perde a capacidade de infectar outros na transmissão pelo ar. As novas descobertas também sugerem que o vírus fica menos efetivo nos primeiros 5 minutos.
Coronavírus fica mais fraco em 20 minutos
No estudo três variantes foram usadas e foi mostrado que a proximidade entre as pessoas, principalmente se uma está infectada representa o maior risco para a transmissão. As descobertas sugerem que o uso de máscaras e o distanciamento físico continuam funcionando como principal meio de proteção contra a infecção.
Além do uso de máscara, as vacinais disponíveis são parte essencial no combate à pandemia por reduzirem as chances de infecção, doença grave e morte.
Os pesquisadores desenvolveram aparelhos para gerar minúsculas partículas do vírus que levitam por até 20 minutos entre dois anéis elétricos. No ambiente dos testes, eles vão controlando a temperatura, umidade e até os raios ultravioleta da luminosidade para entender como eles funcionam no processo de exalação.
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O estudo foi divulgado pelo jornal britânico The Guardian no dia 11 de janeiro. Entre as análises os cientistas descobriram que a temperatura não faz diferença em aumentar ou diminuir a capacidade de transmissão do coronavírus.
Foi concluído que as partículas do coronavírus enfraquecem assim que deixam as condições úmidas e cheias de carbono dos pulmões e, então, o vírus começa a secar e a possibilidade de infectar células humanas pode ser interrompida após alguns minutos. Toda a velocidade vai depender da atual umidade do ar.
Ambientes secos podem ser melhores
Lugares mais secos como escritórios, tiveram o vírus mais enfraquecido em até 5 segundos. Já em uma sauna, 52% das partículas infecciosas permaneceram ativas por até 5 minutos
“As pessoas estão focadas em espaços mal ventilados e pensando na transmissão aérea por metros ou em uma sala. Não estou dizendo que isso não aconteça, mas acho que ainda assim o maior risco de exposição é quando você está perto de alguém”, disse o diretor do Aerosol Research Center da Universidade de Bristol e principal autor do estudo, Jonathan Reid.
O estudo ainda não foi revisado por outros cientistas, o que é um requisito para ser publicado em revista científica.
Fonte: The Guardian