Golpes com disparadores de SMS crescem no Brasil e veja como se proteger

Golpes com dispositivos que disparam SMS aumentam no Brasil; aprenda a se proteger com dicas simples.
Atualizado há 6 horas
Golpes com disparadores de SMS crescem no Brasil e veja como se proteger
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Equipamentos chamados SMS blasters simulam torres de celular e disparam mensagens fraudulentas para celulares próximos, atingindo Android e iOS.
    • Você pode se proteger desativando a conexão 2G no seu celular, que é usada para disparar as mensagens invasivas.
    • O uso desses golpes amplia o risco de roubo de dados e prejuízos financeiros para usuários e para a sociedade em geral.
    • A Anatel já apreendeu esses dispositivos no Brasil, mostrando a necessidade de precaução em locais públicos.
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Atenção aos novos golpes que usam dispositivos chamados “SMS blasters”! Esses aparelhos, que simulam estações de telefonia móvel, estão sendo usados por cibercriminosos para enviar milhares de mensagens enganosas. Eles conseguem alcançar um grande número de pessoas sem precisar do número de telefone, mirando tanto aparelhos Android quanto iOS. Mas a boa notícia é que uma mudança simples nas configurações do seu celular pode ajudar a diminuir o risco de recebê-los.

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As mensagens de phishing são disparadas para os telefones nas proximidades do equipamento. (Imagem: Nataliya Dmytrenko/Getty Images)

Como funcionam os Golpe com SMS de Blaster?

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Esses equipamentos são pequenos e podem ser transportados facilmente, até mesmo em uma mochila. Eles operam simulando torres de celular, e o objetivo é se conectar aos aparelhos próximos. Para isso, exploram o sinal 2G, uma tecnologia de internet móvel que é considerada menos segura em comparação com as gerações mais recentes.

Uma vez conectados, os dispositivos disparam uma enxurrada de mensagens de phishing. Essas mensagens se fazem passar por remetentes confiáveis, como bancos, empresas conhecidas e até mesmo órgãos públicos. O objetivo é enganar as vítimas para que elas forneçam informações sensíveis ou realizem ações prejudiciais.

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Recentemente, o TechRadar informou que golpistas foram vistos enviando cerca de 100 mil mensagens de texto por hora usando esses equipamentos. A alta velocidade e o volume das mensagens mostram a eficácia desses dispositivos para atingir um grande número de potenciais vítimas de forma rápida.

O alcance médio de um SMS blaster pode chegar a até 1.000 metros. Isso significa que ele consegue enviar mensagens para celulares dentro desse raio, muitas vezes contornando os bloqueios impostos pelas operadoras de telefonia. Essa capacidade amplia a área de atuação dos cibercriminosos.

Os detalhes dos golpes

As mensagens costumam ser urgentes. Elas mencionam uma suposta cobrança não paga ou algum tipo de pendência que exige uma ação rápida do destinatário. O senso de urgência é uma tática para levar a vítima a clicar em links sem pensar muito nas consequências.

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Geralmente, essas mensagens contêm links que direcionam as vítimas para sites falsos. Nesses sites, os dados pessoais e financeiros podem ser roubados. Além disso, os golpistas podem induzir as pessoas a baixar aplicativos maliciosos que infectam o celular, ou a realizar pagamentos indevidos.

Por causa dessas características, os criminosos costumam ativar o SMS blaster em locais com grande circulação de pessoas. Eles se misturam à multidão, facilitando o envio das mensagens para um maior número de telefones. Assim, conseguem maximizar o potencial de atingir novas vítimas em áreas movimentadas.

Esses equipamentos são vendidos na internet por preços que chegam a milhares de dólares. Mesmo com o custo, seu uso tem sido documentado em golpes de SMS em diversos lugares do mundo. Países como Japão, Tailândia, Reino Unido, Nova Zelândia e Vietnã, além do Brasil, já relataram casos.

No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já apreendeu aparelhos parecidos pelo menos três vezes no último ano. Em um dos incidentes, o dispositivo estava sendo utilizado perto de uma movimentada estação de metrô em São Paulo, o que ressalta a importância de estar alerta em locais públicos.

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O dispositivo pode simular torres de celular para fazer os disparos de SMS. (Imagem: xijian/Getty Images)

Como se proteger dos ataques de SMS

Uma das principais maneiras de evitar que essas mensagens fraudulentas cheguem ao seu celular é desativar a conexão 2G. Essa medida impede que seu aparelho se conecte à rede menos segura que os blasters utilizam para enviar as mensagens. É uma configuração simples que pode fazer a diferença na sua proteção digital.

Se você tem um dispositivo com Android 16, você pode desativar a opção “Permitir 2G” seguindo o caminho Configurações > Rede e internet > SIM. Já nos celulares Samsung, o procedimento é um pouco diferente: vá em Configurações > Conexões > Redes móveis e desmarque “Permitir serviço 2G”.

Para usuários de iPhone, não existe uma opção direta para desativar apenas o 2G. No entanto, o modo de bloqueio, disponível a partir do iOS 16, pode desativar as conexões 2G e outros recursos do aparelho. Essa opção, porém, pode inviabilizar o uso regular do seu smartphone, sendo mais uma medida extrema.

Independentemente do seu sistema operacional, a dica mais importante é ter muita cautela ao receber qualquer SMS de uma fonte desconhecida. Sempre desconfie de mensagens que peçam ação imediata ou contenham links. Evite clicar em links suspeitos, pois eles podem levar a roubo de dados ou instalação de programas maliciosos. Isso vale tanto para usuários de Android quanto de iPhone.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.