Hubble completa 35 anos com imagens incríveis do universo

Celebrando 35 anos, o Hubble continua a capturar imagens impressionantes do universo, revelando segredos cósmicos e inspirando a ciência.
Atualizado há 5 dias atrás
Hubble completa 35 anos com imagens incríveis do universo
Hubble: 35 anos desvendando os mistérios do universo com imagens deslumbrantes. (Imagem/Reprodução: Digitaltrends)
Resumo da notícia
    • O Telescópio Espacial Hubble completa 35 anos de operação, capturando imagens incríveis do universo.
    • Você pode explorar as últimas descobertas e imagens marcantes do Hubble, que continuam a inspirar a ciência e o público.
    • As imagens do Hubble ajudam a entender a formação de estrelas, galáxias e outros fenômenos cósmicos, enriquecendo o conhecimento científico.
    • O telescópio também alimenta projetos culturais e educacionais, aproximando a astronomia do cotidiano das pessoas.
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O Telescópio Espacial Hubble completa 35 anos de operação em órbita em abril de 2025, mantendo seu papel relevante na astronomia ao capturar imagens incríveis do universo em luz visível. Mesmo com outros telescópios mais modernos, como o James Webb, o Hubble segue reunindo dados e produzindo imagens detalhadas essenciais para a ciência e também para inspirar o público.

Os últimos registros marcantes do Hubble

Para comemorar o aniversário, a NASA revelou uma nova imagem da região NGC 346, um aglomerado jovem de estrelas na Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea. Este local abriga mais de 2.500 estrelas recém-nascidas, facilitando estudos sobre como elas se formam em aglomerados densos e poeirentos.

Outro destaque do último ano é uma cena registrada nas bordas da famosa Nebulosa da Tarântula, distante cerca de 160 mil anos-luz, lar de algumas das maiores estrelas conhecidas, que chegam a 200 vezes a massa do Sol. Estas estrelas gigantes emitem radiação que ilumina a poeira, criando visuais com cores impressionantes e revelando detalhes do ciclo de vida estelar.

Galáxias inteiras também foram observadas em alta definição. Entre elas, a NGC 1672, uma galáxia espiral barrada localizada a 49 milhões de anos-luz. Ela apresenta braços espirais com nuvens de hidrogênio brilhante devido à radiação estelar, convergindo para um núcleo intensamente luminoso com um buraco negro supermassivo no centro, cercado por um disco de acreção de gás e poeira aquecidos.

Há ainda imagens da RCW 7, uma ativa maternidade estelar a 5.300 anos-luz da Terra. A região H II, dominada por hidrogênio ionizado, revela em tons rosados enormes concentrações de gás estimuladas pela radiação ultravioleta de estrelas novas, mostrando etapas do nascimento estelar.

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Retratos cósmicos e mistérios revelados

O Hubble também flagrou a galáxia espiral NGC 3430, que serviu de base para as primeiras classificações morfológicas feitas por Edwin Hubble, astrônomo que dá nome ao observatório. Nesta galáxia, a estrutura das espirais é nítida e ajuda os pesquisadores a entenderem a evolução galáctica comparando diferentes idades e formatos.

Mais detalhes da Nebulosa da Tarântula revelam como a poeira cósmica, formada principalmente por carbono e partículas à base de silício e oxigênio, contribui para criar planetas. Nas imagens, esses materiais aparecem em faixas escuras contrastando com nuvens coloridas, destacando o ambiente propício para a formação planetária futura.

Entre momentos dramáticos, imagens do Hubble mostraram a galáxia UGC 11861, que teve três supernovas nos últimos trinta anos, resultado da morte explosiva de estrelas massivas. Supernovas assim espalham elementos químicos pesados pelo universo, alimentando a criação de novos astros e enriquecendo regiões de formação estelar próximas.

Outro registro foi da Pequena Nebulosa Dumbbell, ou M76, que está a 3.400 anos-luz e é popular entre observadores amadores. Ela exibe um anel central de gás originado de um sistema binário, com duas lobos arredondadas formadas pelo jato de matéria aquecida, impulsionada por uma anã branca com temperatura que passa dos 120 mil graus Celsius.

Imagens do Telescópio Hubble revelam detalhes invisíveis a olho nu

Enquanto os registros do James Webb trabalham com luz infravermelha, detectando objetos muito antigos, frios ou cobertos de poeira densa, o Hubble capta a faixa visível e parte do ultravioleta, mostrando aspectos que complementam as observações – como as estruturas das galáxias, nebulosas ionizadas ou a luz refletida das estrelas. Essa cooperação amplia o ponto de vista científico.

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Por exemplo, em regiões de poeira interestelar que bloqueiam certas emissões infravermelhas, o Hubble ainda consegue identificar como a poeira se distribui, qual a forma das cavidades causadas por vento estelar, ou detalhes de explosões em supernovas recentes. Anualmente, novas combinações dessas imagens revelam novos fenômenos antes ocultos.

Ao longo do último ciclo, as imagens públicas também incluem muitos mosaicos reunidos dos arquipélagos galácticos, superaglomerados e jatos provenientes de buracos negros. Essas composições possibilitam criar simulações refinadas dos movimentos e da evolução das estruturas cósmicas, baseados em dados confiáveis e acessíveis.

Além das descobertas científicas, elas também alimentam o fascínio sobre a origem estelar. Muitas inspiram projetos culturais, publicações, selos postais e jogos, como nos títulos que exploram universos imaginários nadando entre planetas e galáxias, e que utilizam as imagens reais para criar visuais ainda mais atrativos e fiéis nas produções.

Explorando o universo com registros contínuos

Com três décadas e meia, o Hubble soma milhares de imagens, muitas delas divulgadas ao público, servindo para a educação, engajamento e inspiração. Isso também ajuda a aproximar a ciência do cotidiano das pessoas e estimula o interesse por estudos espaciais e tecnologias derivadas dessas pesquisas.

O telescópio deve continuar ativo pelos próximos anos, com suporte da NASA e da ESA enquanto suas câmeras e instrumentos mantiverem o desempenho. Junto ao James Webb e aos futuros telescópios, as equipes planejam usar o legado do Hubble para comparar dados e ampliar o volume de informações sobre galáxias, poeira, estrelas e buracos negros.

Mesmo após 35 anos, ele permanece como uma das principais fontes de imagens visuais do cosmos, contribuindo para enriquecer as bases de dados científicas e para alimentar o imaginário humano, em parceria com tecnologias de inteligência artificial em astronomia e outras áreas da ciência que analisam padrões complexos nestas imagens ou processam volumes similares de dados diários.

Recentemente, temas como viagens interplanetárias, foguetes nucleares ou estudos das galáxias aparecem associados às imagens antigas e novas do Hubble, ampliando as narrativas e discussões. Com isso, amplia-se também o relacionamento entre a astronomia, a tecnologia, a cultura geral e a vida prática dos interessados.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Digital Trends

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.