IA e Machine Learning fortalecem a defesa cibernética no Brasil

Conheça como IA e machine learning modernizam a defesa cibernética contra ataques rápidos e complexos.
IA e Machine Learning fortalecem a defesa cibernética no Brasil
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • As ameaças cibernéticas atuais são rápidas e complexas, utilizando IA para ataques em grande escala.
    • Você verá como a integração de IA e machine learning em sistemas SIEM traz maior agilidade à segurança digital.
    • Organizações podem responder a ataques com mais eficácia, aumentando a proteção de dados sensíveis.
    • Essa evolução contribui para reduzir o estresse dos analistas e melhorar a resposta a incidentes.
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O cenário atual das ameaças cibernéticas está mais desafiador do que nunca, exigindo que os profissionais de segurança estejam sempre um passo à frente. Os invasores agem com rapidez, como visto em um ataque de eCrime que durou apenas 51 segundos em 2024. Além disso, eles usam cada vez mais inteligência artificial (IA) para operar de forma veloz, discreta e em larga escala, tornando a defesa digital uma tarefa complexa.

As ferramentas antigas já não conseguem acompanhar esse ritmo. Os sistemas de Gerenciamento de Informações e Eventos de Segurança (SIEM), que antes eram a base das operações de segurança digital, agora enfrentam dificuldades. Muitos desses sistemas não dão conta do enorme volume de dados gerados hoje em dia. Esse excesso de informações sobrecarrega os SIEMs mais antigos, prejudicando a detecção e a resposta a ataques. Isso abre uma brecha para os criminosos agirem por mais tempo. As organizações precisam equilibrar o jogo e investir em tecnologias modernas. Isso inclui a compreensão profunda de IA e machine learning (ML) para encontrar, investigar e barrar ciberataques complexos. É nesse ponto que a SIEM de próxima geração se mostra essencial para a defesa cibernética atual.

A Realidade dos Sistemas SIEM Atuais

Com os ataques acontecendo em segundos, é crucial que as equipes de segurança consigam reagir na mesma velocidade dos invasores para deter as violações. Infelizmente, os SIEMs que usamos hoje são muitas vezes lentos e complicados, o que não atende às necessidades das empresas modernas. Em vez de ajudar, eles se tornam enormes “depósitos de dados”.

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Nesses sistemas, os analistas precisam vasculhar uma montanha de informações vindas de várias fontes, interfaces e consoles. Essa tarefa consome muito tempo para encontrar sinais importantes. Esse problema, conhecido como “síndrome da cadeira giratória” (swivel chair), cria falhas em todo o processo de proteção contra ameaças.

Os especialistas em segurança ficam trocando entre plataformas SIEM, ferramentas de detecção, soluções de resposta e outras tecnologias. Eles tentam desesperadamente conectar todas as informações. Enquanto isso, os invasores já estão dentro do sistema, se movendo livremente ou roubando dados. Além disso, as soluções mais leves que se apresentam como alternativas aos SIEMs antigos muitas vezes prometem agilidade, mas falham em oferecer buscas em tempo real, visualização completa dos dados ou investigações profundas. Essas falhas prejudicam a capacidade do Centro de Operações de Segurança (SOC) de agir rápido e com segurança.

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Os limites dos SIEMs antigos não são apenas técnicos, eles também afetam as pessoas. Quando os analistas ficam sobrecarregados, com muitos alertas para analisar e sem o apoio adequado das ferramentas, o risco de esgotamento aumenta bastante. Nesse cenário, atrasos na detecção e alertas perdidos não são apenas possíveis, eles se tornam algo inevitável. Isso pode até afetar investigações importantes, como as que visam evitar vazamentos de informações confidenciais.

A Transformação com a Inteligência Artificial

Enquanto os sistemas tradicionais sobrecarregam as equipes de segurança, os invasores seguem evoluindo. Eles transformam tecnologias avançadas em armas para intensificar suas ações. Contudo, a inteligência artificial não é útil apenas para os atacantes. Ela também oferece uma grande oportunidade para os defensores.

Essa mudança já está acontecendo. Quase dois terços (64%) dos profissionais de cibersegurança já pesquisaram ou adquiriram ferramentas de IA generativa para melhorar suas capacidades. A razão é clara: IA e machine learning, quando bem integrados em sistemas SIEM, ajudam os analistas a focar no que realmente importa. Assim, as equipes do SOC podem direcionar sua atenção para sinais significativos e acelerar a resposta a incidentes. Um exemplo do uso de inteligência artificial em ambientes governamentais é que o Grok será usado por agências do governo dos EUA.

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A inteligência artificial é muito boa em filtrar um grande volume de dados de segurança. Ela consegue relacionar eventos que parecem não ter conexão e identificar coisas incomuns que passariam despercebidas. Essa capacidade de entender o contexto é valiosa. Ela permite que as equipes do SOC priorizem os incidentes mais arriscados, diminuam os falsos positivos e compreendam melhor as táticas dos invasores. Isso é especialmente importante em uma época em que os criminosos agem com uma complexidade preocupante.

Um exemplo disso é o SCATTERED SPIDER, um grupo de eCrime conhecido por ataques elaborados em várias áreas, ou o FAMOUS CHOLLIMA, um grupo apoiado por um país que realiza ataques internos por um longo tempo. Para combater esses inimigos, é preciso ter tecnologia que acompanhe suas táticas e procedimentos. A IA oferece essa vantagem aos defensores. Ataques sofisticados podem levar à exposição de dados, o que ressalta a importância de defesas robustas.

Reimaginando a Experiência do Analista de Segurança

Embora a tecnologia seja realmente notável, talvez o impacto mais importante da IA seja como ela pode mudar a experiência dos analistas de segurança. Por muito tempo, as equipes do SOC foram inundadas por muitos alertas, presas a tarefas repetitivas e prejudicadas pela quantidade de ferramentas. As soluções SIEM de próxima geração, que incluem IA e automação, oferecem um novo caminho.

Essas soluções capacitam os analistas, em vez de esgotá-los. Elas oferecem uma visão completa do cenário de ameaças de uma organização, permitindo monitoramento constante e detecção rápida de comportamentos suspeitos. O mais importante é que elas diminuem o esforço mental dos analistas. A IA funciona como um reforço, não como um substituto. Ela automatiza tarefas comuns, acelera a triagem e revela informações que levariam horas ou dias para serem encontradas manualmente.

Essa parceria entre humanos e máquinas é crucial. As regras de detecção e os modelos de comportamento nos SIEMs modernos ajudam os analistas a identificar ameaças avançadas, mas as decisões importantes continuam sendo tomadas por pessoas. O resultado são respostas mais rápidas, um pensamento mais estratégico e, o que é fundamental, maior satisfação no trabalho.

As equipes de segurança não precisam mais gastar seu tempo correndo atrás de falsos alertas ou procurando algo muito difícil de achar. Em vez disso, elas podem se concentrar em tarefas mais complexas: entender como o adversário age, fortalecer as defesas e melhorar os planos de resposta a incidentes. Essa mudança não é apenas útil para a operação, mas também essencial para manter bons profissionais em uma área que já sofre com a falta de talentos e o esgotamento.

Um Novo Capítulo na Defesa Cibernética

A combinação da inteligência artificial e machine learning com o SIEM é mais do que uma simples melhoria tecnológica. Ela representa uma transformação fundamental na forma como as organizações se defendem contra as ameaças cibernéticas. Soluções SIEM modernas, impulsionadas por IA, fazem mais do que apenas coletar e armazenar dados. Elas dão às equipes de segurança a capacidade de agir rapidamente.

Ao eliminar o “barulho”, identificar alertas precisos e diminuir o tempo de detecção e resposta, essas soluções permitem que os defensores recuperem a vantagem. Para as organizações que estão prontas para adotar essa evolução, os benefícios vão além de uma segurança reforçada. Eles incluem maior agilidade, mais resistência a ataques e, o mais importante, uma confiança renovada na capacidade de lidar com um ambiente digital cada vez mais hostil.

Contudo, a transição para uma defesa impulsionada por IA não é uma mudança única e definitiva. Ela exige uma abordagem cuidadosa e gradual. Isso envolve treinar continuamente os modelos de machine learning com as informações mais recentes sobre ameaças. Também é preciso garantir que a IA se integre bem com os processos já existentes e capacitar as equipes do SOC para trabalhar de forma eficaz com as ferramentas de IA. O sucesso não está em substituir os humanos, mas em dar a eles a capacidade de usar todo o seu potencial.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.