Inteligência Artificial e Computação Espacial: O Futuro das Inovações

A Deloitte revela a crescente importância da IA em projetos tridimensionais na computação espacial.
Atualizado há 5 horas
Inteligência Artificial e Computação Espacial: O Futuro das Inovações
IA transforma projetos 3D na computação espacial, segundo a Deloitte. (Imagem/Reprodução: Tiinside)
Resumo da notícia
    • A Deloitte destaca a importância da IA nas inovações tecnológicas aplicadas à computação espacial.
    • Esse avanço pode ajudar empresas a tomarem decisões mais estratégicas no futuro digital.
    • A adoção da IA na computação espacial vai além dos processos internos, afetando a interação com clientes.
    • Inovações em computação espacial prometem elevar a eficiência nos setores de saúde, manufatura e entretenimento.
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A Inteligência Artificial (IA) está se consolidando como a espinha dorsal das inovações tecnológicas, transformando tanto o cotidiano das pessoas quanto o ambiente corporativo. Um estudo da Deloitte, o “Tech Trends 2025”, destaca a IA na computação espacial, revelando como essa tecnologia está sendo utilizada em projetos tridimensionais dentro das organizações. O relatório oferece insights valiosos para empresas que buscam tomar decisões estratégicas e priorizar investimentos no futuro digital.

Segundo o estudo, a IA é fundamental para a transformação digital global, otimizando desde o trânsito nas cidades até o atendimento personalizado na saúde e a criação de sistemas de aprendizado adaptativos na educação. Rodrigo Moreira de Oliveira, sócio da Deloitte, compara a IA à eletricidade e à internet, ressaltando seu papel em impulsionar inovação, eficiência e competitividade.

Na 16ª edição do relatório Tech Trends, a Deloitte aponta seis tendências tecnológicas que devem moldar o futuro, divididas em dois grupos: as que elevam a interação, informação e computação, e as que sustentam esse cenário em termos de negócios, cibersegurança e modernização de sistemas. A IA surge como um fator crucial para o crescimento e a competitividade das empresas.

As seis tendências tecnológicas da Deloitte

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A Deloitte, com base em sua relação com grandes empresas de inovação e análises de mercado, identificou seis tendências tecnológicas que prometem impactar significativamente as empresas no Brasil. Vamos explorar cada uma delas:

  1. Interação: Computação espacial ganha destaque

A computação espacial está revolucionando a forma como interagimos com a tecnologia, permitindo a manipulação de dados e processos em ambientes tridimensionais. Essa tecnologia, combinada com a IA, pode antecipar as necessidades dos usuários, transformando setores como saúde, manufatura e entretenimento. No Brasil, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Computação Quântica (INCT-IQ) aponta que a computação espacial pode impulsionar a agricultura de precisão, a indústria 4.0 e as cidades inteligentes, aumentando a eficiência e a tomada de decisões baseada em dados. Setores como arquitetura, design e aeronáutica já utilizam visualizações e gêmeos digitais em seus processos.

Leia também:

  1. Informação: O futuro da IA

Enquanto os Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) continuam a evoluir, as empresas estão investindo em Pequenos Modelos de Linguagem (SLMs) devido à sua eficiência e acessibilidade. No Brasil, LLMs são usados em chatbots para atendimento ao cliente 24/7, respondendo a perguntas complexas e aliviando a carga das equipes de suporte. O BNDES Garagem, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoia startups brasileiras no desenvolvimento de soluções inovadoras baseadas em IA, incentivando o uso de SLMs para personalização de serviços e automação de processos. Além disso, a IA baseada em agentes está emergindo como uma tendência para automatizar tarefas específicas com maior autonomia, sendo aplicada em análise de crédito, detecção de fraudes no setor financeiro e diagnósticos médicos na área da saúde.

  1. Computação: O hardware retoma o protagonismo

Com a crescente demanda por IA, os chips especializados estão se tornando essenciais para o processamento eficiente de dados. Dispositivos como computadores pessoais e objetos conectados (IoT) estão sendo equipados com esses chips para realizar o processamento localmente, reduzindo custos com a nuvem e melhorando a privacidade dos dados. Há um movimento crescente para o desenvolvimento e adoção de hardware especializado, impulsionado por empresas que investem em centros de dados equipados com chips otimizados para IA. Um estudo do SENAI CIMATEC destaca a necessidade de modernização da infraestrutura computacional no Brasil para suportar o crescimento da IA, com investimentos em chips especializados e arquiteturas otimizadas para aprendizado profundo e análise de grandes volumes de dados.

  1. Negócios da tecnologia: IA potencializa o setor de TI

A Inteligência Artificial está transformando a gestão de TI, auxiliando no desenvolvimento de software, testes e operações financeiras. Esse avanço está criando um novo paradigma, tornando o setor mais estratégico e menos dependente de processos tradicionais, permitindo a automação de tarefas repetitivas e a inclusão de desenvolvedores cidadãos. Segundo a quarta edição do estudo State of Gen AI, da Deloitte, 67% das lideranças de grandes empresas no Brasil esperam aumentar seus investimentos em Inteligência Artificial em 2025.

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A necessidade de aprimorar conhecimentos para personalizar demandas, tratar dados de forma eficaz, criar políticas de uso e mitigar riscos, além de mensurar melhor o valor tangível agregado, tem se tornado cada vez mais relevante. O estudo State of Gen AI também revela que soluções baseadas em IA para automatizar atividades como atendimento ao cliente e gestão de infraestrutura estão sendo cada vez mais adotadas no mercado brasileiro. Essa mudança permite que as equipes se concentrem em tarefas mais estratégicas e inovadoras, como a necessidade de avaliar quando usar IA.

  1. Cibersegurança e confiança: O desafio da era quântica

Com o avanço da computação quântica, os modelos tradicionais de criptografia começam a apresentar vulnerabilidades. Isso significa que as empresas precisarão revisar e atualizar suas práticas de segurança para proteger dados contra novas ameaças. No mercado brasileiro, a cibersegurança tem se tornado uma prioridade, com empresas acelerando a digitalização e a migração para a nuvem, ao mesmo tempo em que investem em novos produtos e serviços para fortalecer a resiliência contra-ataques cibernéticos. A adoção de criptografia avançada também está crescendo para proteger transações no comércio eletrônico, garantindo a segurança das informações sensíveis e reduzindo o risco de interceptação por agentes mal-intencionados.

A Deloitte, em colaboração com o Fórum Econômico Mundial, avaliou as ameaças que a computação quântica representa para a segurança cibernética por meio do relatório “Quantum Cyber Readiness”, que ressalta a necessidade de as organizações adotarem novas abordagens para proteger seus dados à medida que os computadores quânticos se tornam uma realidade, potencialmente comprometendo algoritmos de criptografia atuais. O centro de estudos brasileiro do SENAI CIMATEC lançou, no ano passado, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o projeto Quantum Industrial Innovation (QuIIN), com um investimento de R$ 60 milhões. O objetivo é capacitar profissionais e acadêmicos em computação quântica, posicionando o país no mapa das inovações em computação e comunicação quântica.

  1. Modernização de sistemas: IA redefine processos centrais

A integração da IA nos sistemas empresariais está tornando os processos mais eficientes e automatizados, mas, à medida que esses sistemas se tornam mais inteligentes, também ficam mais complexos, exigindo maior expertise para sua implementação e gestão. Essa aplicação em operações de TI, como o AIOps, tem permitido que as equipes de tecnologia gerenciem de forma proativa ambientes de trabalho complexos, o que aumenta a eficiência e garante a continuidade das operações. Segundo um estudo do IDC, 80% das organizações estimam ter até 1.000 aplicativos em seu portfólio, o que torna a gestão da tecnologia mais desafiadora. A solução AIOps está ajudando a otimizar a gestão dos sistemas e a reduzir a ocorrência de falhas. No entanto, no Brasil, ainda existem desafios significativos para a adoção plena da IA, como aponta o estudo DXI 2024, realizado pela Meta em parceria com a Fundação Dom Cabral. O estudo revela que muitas empresas brasileiras enfrentam dificuldades para integrar a IA destacando a necessidade de investimentos em infraestrutura, capacitação e uma cultura organizacional mais alinhada à inovação.

IA na computação espacial: Transformando a interação e os negócios

A IA na computação espacial não está apenas transformando processos internos, mas também a forma como as empresas interagem com clientes, fornecedores e parceiros. Organizações que se adaptarem a essas novas dinâmicas, adotando a inteligência artificial de maneira estratégica e responsável, estarão mais preparadas para liderar a transformação digital e se destacar no mercado global. No Brasil, empresas que investirem em inovação e no desenvolvimento contínuo de suas equipes terão um papel fundamental na construção do futuro digital.

Rodrigo Moreira conclui que a IA está mudando não apenas os processos internos das empresas, mas também a forma como elas se relacionam com seus clientes, fornecedores e parceiros. Empresas que souberem se adaptar a essas novas dinâmicas, adotando a inteligência artificial de maneira estratégica e responsável, estarão mais bem preparadas para liderar a transformação digital e se destacar no mercado global. No Brasil, empresas que investirem em inovação e no desenvolvimento contínuo de suas equipes terão um papel fundamental na construção do futuro digital.

A computação espacial, impulsionada pela IA, está abrindo novas fronteiras para a interação homem-máquina, permitindo simulações avançadas e experiências imersivas, como as que já podem ser vistas em projetos de design de smartphones e outros dispositivos.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TI Inside

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.