É comum ouvirmos falar que a pandemia do Coronavírus irá causar — ou já causou em alguns países — um colapso no sistema de saúde. Isso significa que a grande quantidade de doentes gera falta de leitos e equipamentos médicos suficientes para o atendimento. Um desses equipamentos é o respirador artificial, já que a principal causa da morte de pacientes com a COVID-19 é a síndrome respiratória aguda grave que tem indicação de entubação e utilização de ventilação mecânica imediatas nos hospitais, aí que entra o respirador.
Pensando nisso, um grupo de estudantes do curso Precision Machine Designdo do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) estão desenvolvendo um projeto de respirador mecânico de código aberto. O projeto não é novo e nem tem como motivação o Coronavírus; ele começou anos atrás como uma medida necessária para áreas rurais nos países em desenvolvimento. Nessas áreas, os problemas respiratórios são frequentes e os respiradores mecânicos são escassos no tratamento de pacientes. Portanto, a necessidade de encontrar um design mais simples e rápido para a fabricação é de baixo custo.
Os alunos sabiam que uma ideia como essa também poderia ser útil em países como os Estados Unidos. Diante de uma crise de saúde como a que está sendo vivida agora devido ao COVID-19. Esse modelo custaria cerca de US $ 100 para ser fabricado; um aparelho padrão encontrado em hospitais custam a partir de U$ 25 mil.
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A equipe de pesquisadores publicou um artigo sobre seu design de baixo custo, mas o projeto foi abandonado há 10 anos por falta de interesse e investimento. Agora, o MIT solicitou aprovação do E-Vent em caráter de emergência para a FDA, órgão dos EUA equivalente à Anvisa no Brasil, para retomarem o projeto como forma de ajudar o combate ao coronavírus no mundo. O aparelho passa atualmente por testes em porcos e pode ser liberado em breve para produção e comercialização.
E no Brasil?
Mas esse tipo de projeto não é exclusivo dos EUA. No Brasil, a Coppe, instituto de pós-graduação e pesquisa em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), também desenvolveu um ventilador mais barato para ajudar no combate à doença causada pelo vírus. Segundo O Globo, os testes devem começar já na próxima semana.