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- O módulo Kosmos 482, lançado em 1972, deve reentrar na Terra entre 7 e 13 de maio.
- Os cientistas monitoram a reentrada, que pode oferecer insights sobre a viagem espacial e seus efeitos em naves.
- A chance de impacto em áreas habitadas é muito baixa, mas a vigilância continua.
- O fenômeno pode ser visível como uma bola de fogo brilhante, despertando interesse na comunidade científica.
Parte de uma espaçonave rumo a Vênus, lançada em 1972, deve reentrar na atmosfera da Terra em maio de 2025. O módulo Kosmos 482, com 495 quilos, era parte de uma missão da antiga União Soviética. Cientistas estão monitorando o evento de perto, esperando que a reentrada ocorra entre os dias 7 e 13 de maio. Especula-se que o módulo possa cair em qualquer lugar entre o Canadá e a Patagônia, mas a chance de atingir alguém é considerada baixa.
Cientistas e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão de olho na trajetória do Kosmos 482. O evento oferece uma oportunidade única para estudar os efeitos a longo prazo do ambiente espacial em naves. Apesar dos riscos mínimos, o impacto potencial e a possível recuperação de partes da espaçonave rumo a Vênus despertam grande interesse na comunidade científica.
O que esperar da reentrada da espaçonave Kosmos 482?
O módulo Kosmos 482, lançado em março de 1972, era destinado a Vênus, mas não conseguiu completar a trajetória. Desde então, permanece em órbita terrestre. Agora, a previsão é que ele reentre na atmosfera nas próximas semanas, gerando expectativa entre os cientistas.
David Williams, chefe do Arquivo Coordenado de Dados de Ciência Espacial da NASA, disse que a reentrada deve ser visível como uma bola de fogo brilhante. No entanto, ele pondera que é difícil prever se alguma parte será recuperável, já que a nave não foi projetada para um pouso forçado.
A ESA acredita que o módulo de pouso pode chegar à superfície em uma única peça, devido ao seu design robusto, capaz de suportar as severas condições da atmosfera de Vênus. Para quem gosta de observar o céu, esse fenômeno pode ser um espetáculo interessante.
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Se partes da espaçonave rumo a Vênus forem recuperadas, será uma oportunidade valiosa para examinar os efeitos da radiação e micrometeoritos no material da nave após tanto tempo no espaço. É como abrir uma cápsula do tempo tecnológica!
Detalhes da Missão Original da Kosmos 482
A Kosmos 482 integrava a mesma missão da sonda atmosférica Venera 8. Lançada também em março de 1972, a Venera 8 pousou com sucesso em Vênus em julho do mesmo ano, transmitindo dados por 50 minutos. Já a missão da Kosmos 482 falhou, resultando na separação da nave em diversos fragmentos.
Alguns desses fragmentos reentraram na atmosfera em poucas horas, enquanto outros permaneceram em uma órbita mais elevada, sem alcançar a velocidade necessária para chegar a Vênus. O módulo de pouso que está prestes a reentrar é considerado o último fragmento remanescente da espaçonave rumo a Vênus.
Marco Langbroek, da Universidade Técnica de Delft, publicou um artigo em 2022 na Space Review, sugerindo que outros fragmentos podem ter retornado à Terra no início dos anos 1980. Ele também estima uma janela de reentrada mais estreita para o módulo, entre 9 e 10 de maio.
Onde e quando a espaçonave pode cair?
A reentrada descontrolada da espaçonave rumo a Vênus é um evento incerto, influenciado por fatores como a trajetória do objeto, sua idade e a atividade solar. A área potencial de impacto se estende do sul do Canadá à Patagônia, abrangendo uma vasta região do planeta.
Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard e Smithsonian, expressou uma “moderada confiança” de que o objeto seja, de fato, o módulo de aterrissagem da Kosmos 482. Ele estima uma chance de “uma em vários milhares” de o objeto atingir alguém.
Apesar do risco considerado baixo, McDowell ressalta que “não há necessidade de grande preocupação, mas você não iria querer que caísse na sua cabeça”. O revestimento de titânio do módulo pode protegê-lo durante a reentrada, mas a funcionalidade do paraquedas após mais de 50 anos no espaço é incerta.
Os cientistas da NASA e da ESA esperam refinar as previsões sobre o momento e o local da reentrada à medida que o evento se aproxima. Acompanhar essas informações pode ser crucial para entender melhor os riscos e as oportunidades associadas a este evento espacial.
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Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Folha de São Paulo