O que aconteceu com o preço do Bitcoin? Até onde vai? Devo investir agora?

Preço do bitcoin sofreu influência significativa após a eleição de Donald Trump, gerando expectativas no mercado cripto. Entenda as causas e as possíveis consequências.
Atualizado há 2 semanas
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O preço do bitcoin tem passado por grandes oscilações, especialmente após a recente vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. Essa mudança política trouxe expectativas de um governo mais favorável às criptomoedas, o que pode ter influenciado o aumento do valor da moeda digital, que chegou a US$ 93.495 em novembro de 2024.

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Desde o seu lançamento em janeiro de 2009, o preço do bitcoin tem se comportado como uma montanha-russa. A volatilidade das criptomoedas é bem conhecida, e eventos como halvings e eleições presidenciais têm um impacto significativo em seu valor. O último grande declínio ocorreu entre 2021 e 2022, quando a liquidez nos mercados financeiros caiu drasticamente.

O que é Halving do Bitcoin?

O halving do bitcoin é um evento programado que ocorre a cada 210 mil blocos minerados, aproximadamente a cada quatro anos. Durante esse processo, a recompensa por minerar novos bitcoins é reduzida pela metade. Isso significa que menos bitcoins são gerados, o que pode limitar a oferta e, potencialmente, aumentar o preço a longo prazo, caso a demanda permaneça forte. O último halving ocorreu em abril de 2024, e logo após, o preço do bitcoin atingiu US$ 67.491.

O impacto das eleições e do Halving

A vitória de Trump nas eleições trouxe esperança para os investidores de criptomoedas, que acreditam que seu governo pode facilitar a adoção do bitcoin entre investidores institucionais. A Coinbase, uma das principais plataformas de câmbio digital, investiu mais de US$ 50 milhões em doações para apoiar Trump, na expectativa de que ele promova mudanças regulatórias favoráveis ao setor.

Historicamente, os períodos de alta do preço do bitcoin têm durado em média de seis meses a um ano, dependendo das condições do mercado e de eventos externos. Após o halving, o preço tende a subir, mas a duração e a intensidade dessa alta podem variar. Por exemplo, após o halving de 2020, o bitcoin viu um aumento significativo, atingindo novos recordes em 2021.

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Até onde vai o preço do Bitcoin? Chega nos US$ 100 mil, mas correção de 20% é esperada

Atualmente, muitos investidores estão otimistas quanto à possibilidade de o preço do bitcoin alcançar a marca de US$ 100 mil. No entanto, especialistas alertam que a volatilidade do mercado de criptomoedas pode resultar em flutuações rápidas e inesperadas. O sentimento do mercado, as mudanças regulatórias e as condições econômicas globais continuarão a moldar o futuro do bitcoin.

Bitcoin a caminho de US$ 100 mil, mas correção de 20% é esperada, alerta bilionário Michael Novogratz

O Bitcoin está prestes a alcançar o marco histórico de US$ 100 mil (cerca de R$ 569 mil), mas uma queda de até 20% pode ocorrer antes disso, de acordo com Michael Novogratz, bilionário e CEO da Galaxy Digital. Em entrevista à CNBC, repercutida pela Business Insider, Novogratz apontou que o mercado de criptomoedas está altamente alavancado, o que deve resultar em um recuo para cerca de US$ 80 mil (R$ 455,2 mil) antes de a moeda retomar sua trajetória de valorização.

“O mercado está saturado de alavancagem no momento. A comunidade cripto está operando no limite, e isso inevitavelmente levará a uma correção”, afirmou Novogratz. Segundo ele, US$ 80 mil deve ser o piso dessa queda, mas o patamar de US$ 100 mil permanece como um alvo inevitável no curto prazo.

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Alavancagem expõe vulnerabilidades do mercado

Além do Bitcoin, outros ativos como ações e ETFs alavancados também enfrentam riscos significativos, observou Novogratz. Ele destacou a MicroStrategy como exemplo de empresas que podem sofrer quedas ainda mais expressivas devido ao uso intensivo de alavancagem. “As correções tendem a ser mais severas nas ações que estão mais alavancadas do que o ativo subjacente”, explicou o investidor.

Apesar do cenário de curto prazo, Novogratz mantém uma perspectiva otimista para o futuro do Bitcoin. Ele acredita que a criptomoeda está passando por um processo de descoberta de preço em meio a uma oferta limitada no mercado. “Quando o Bitcoin atinge US$ 100 mil (R$ 569 mil), geralmente há uma retração antes de continuar subindo. Estamos em um momento de alta demanda e oferta restrita”, concluiu.

Mas é hora de investir em Bitcoin?

“Evite decisões emocionais neste momento”, alerta analista. O Bitcoin (BTC) rompeu a barreira dos US$ 98 mil (cerca de R$ 570 mil) na útlima quinta-feira (21), atingindo um marco histórico e se aproximando da tão aguardada marca de US$ 100 mil. Diante dessa alta expressiva, surge a pergunta: vale a pena investir agora ou é melhor aguardar uma possível correção de preços?

Riscos de investir na alta

Especialistas alertam que o momento exige cautela. Preços inflacionados frequentemente antecedem correções no mercado. “Não é hora de tomar decisões emocionais e começar a comprar a esse preço”, afirma Fernando Pereira, analista da Bitget.

Dados como o Realized Profit, indicador que mede os lucros realizados pelos investidores ao vender BTC, mostram que grandes investidores, conhecidos como “baleias”, estão começando a liquidar suas posições. “Mais de US$ 30 bilhões em lucros foram realizados no Bitcoin. Grandes baleias que compraram BTC abaixo dos US$ 30 mil estão aproveitando para vender agora”, explica Pereira.

Ana de Mattos, analista técnica e trader da Ripio, reforça o alerta. Ela destaca que o momento é de descoberta de preços, o que aumenta o risco para quem compra no topo histórico. “Adquirir Bitcoin em seu pico pode expor o investidor a perdas significativas, dada a volatilidade inerente ao mercado cripto”, comenta Ana.

Quando é o momento certo para investir?

Apesar do otimismo de que o BTC possa alcançar US$ 100 mil ou até US$ 105 mil em breve, uma correção não está descartada. Segundo Ana, os principais níveis de suporte estão em US$ 91.200 e US$ 80.400, que podem oferecer pontos de entrada mais atrativos. “Esses valores servem como referência para retrações no mercado e oportunidades mais seguras”, explica.

Fernando Pereira sugere que os investidores também considerem outras criptomoedas, como o Ethereum (ETH). “Atualmente, o ETH está 35% abaixo de sua máxima alcançada em março e 60% abaixo de seu recorde histórico de US$ 4.878,26. Historicamente, o Ethereum tende a se valorizar após grandes realizações de lucro no Bitcoin”, diz ele.

Enquanto o Bitcoin atinge níveis históricos, os investidores devem agir com prudência. O mercado de criptomoedas, com sua alta volatilidade, exige análise estratégica e paciência para identificar as melhores oportunidades.

Com a crescente adoção das criptomoedas e a expectativa de um ambiente regulatório mais favorável, o preço do bitcoin pode continuar a ser um tema de interesse e especulação entre investidores e analistas. Para mais informações sobre como o mercado de criptomoedas está se desenvolvendo, confira este artigo.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.