Pedro Janot: da fundação da Azul à superação após tragédia

Conheça a história de Pedro Janot, fundador da Azul, que superou uma tragédia e se tornou exemplo de resiliência e liderança.
Atualizado há 7 horas atrás
Pedro Janot: da fundação da Azul à superação após tragédia
Pedro Janot: superação e liderança que inspiram na história da Azul. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
Resumo da notícia
    • Pedro Janot, fundador da Azul, sofreu um acidente em 2011 que o deixou tetraplégico.
    • A notícia mostra como ele se reinventou como mentor e palestrante, inspirando pessoas com sua história.
    • Seu exemplo pode motivar quem enfrenta desafios pessoais ou profissionais.
    • A trajetória de Janot também destaca a importância da liderança humanizada no mundo corporativo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pedro Janot, figura emblemática no mundo corporativo brasileiro, trilhou uma trajetória notável, deixando sua marca na Fundação da Azul Linhas Aéreas e na Zara Brasil. Reconhecido por sua liderança inspiradora e capacidade de unir estratégia e sensibilidade, Janot viu sua carreira ser interrompida por um grave acidente em 2011, que o deixou tetraplégico. Aos 68 anos, após um intenso processo de recuperação, ele se reinventou como mentor, palestrante e escritor, inspirando pessoas com sua resiliência.

A história de Pedro Janot é um exemplo de superação e reinvenção. Ele já havia alcançado o topo do mundo corporativo, com passagens de destaque pela Zara Brasil e, principalmente, pela Fundação da Azul Linhas Aéreas (AZUL4). Nessas empresas, construiu uma reputação de líder inovador, que valorizava a cultura organizacional e inspirava suas equipes.

Em novembro de 2011, durante um fim de semana no campo, Janot sofreu uma queda de cavalo queResultou em tetraplegia. A lesão o afastou dos holofotes, mas não o impediu de seguir em frente. “A cabeça é perfeita e o corpo imperfeito. Até hoje é assim”, revela em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após 45 dias de internação, iniciou um longo processo de recuperação. Hoje, aos 68 anos, recuperou parte dos movimentos e se dedica a palestras, livros e mentorias para empresas com faturamento expressivo. “Foi difícil, mas valeu a pena. E o quinto startup já está sendo desenhado”, afirma.

A Trajetória de Pedro Janot Antes do Acidente

Antes da tragédia, Pedro Janot já era um nome consagrado no mundo dos negócios. Na Zara, ele desempenhou um papel crucial na expansão da marca no Brasil, demonstrando um olhar apurado para o mundo da moda e para a operação da empresa.

Leia também:

Na Fundação da Azul, Janot foi o primeiro CEO, liderando a companhia aérea que desafiou gigantes como TAM e Gol (GOLL4). Sua gestão se destacou pela criação de uma cultura focada nas pessoas, transformando a marca em sinônimo de cuidado com os clientes. “Quando ouvi o slogan ‘paixão pela aviação’, disse: ‘não, nossa paixão são as pessoas’. Isso mudou tudo”, relembra.

Sob sua liderança, a Azul se tornou a maior operadora mundial de jatos da Embraer, um marco que se tornou parte do DNA da empresa. “As pessoas se encantavam com os aviões, com os detalhes, com o conforto. Incorporamos isso ao marketing“, conta.

Mesmo em meio ao sucesso, Janot percebeu um desequilíbrio entre sua vida profissional e pessoal. “Trabalhei mais do que deveria. Poderia ter ficado 15% menos no trabalho e aproveitado mais minha família”, reconhece. A busca por essa reconexão o levou a construir um sítio e a cavalgar nos fins de semana, onde a tragédia o aguardava.

Reconstruindo a Vida Após o Voo Interrompido

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após o acidente, Pedro Janot precisou reaprender a viver, delegando funções básicas do seu corpo. “Tive que reaprender tudo. Desde escovar os dentes até operar um iPad. E precisei de paciência. Muita”, explica. Ele transformou a tragédia em uma oportunidade para fortalecer os laços com sua família e construir um novo legado. “Criei meninos para o mundo, e eles são do mundo. Mas hoje os conheço mais profundamente”, afirma.

Afastando-se dos modelos tradicionais de consultoria, Janot optou pela mentoria, uma abordagem que valoriza a escuta e a construção em conjunto com o cliente.

Com sua vasta experiência no varejo de moda e na aviação, Janot se tornou uma referência em conselhos que unem gestão e humanidade. Ele critica líderes autoritários, afirmando que “se o ego está fora do bolso, essa empresa está travada”.

Lições de Resiliência de um Mentor Inspirador

A rotina de Pedro Janot hoje é menos agitada, mas igualmente produtiva. Ele trabalha até as duas da tarde e, em seguida, mantém um ritmo mais leve. Sua filha, Maria Cândida, é responsável pela estratégia digital e pela gestão de sua imagem, enquanto Jonathan, seu assistente da geração Z, aprende com ele os segredos da liderança. “Estou ensinando truques que levaria anos para aprender. É o ciclo da vida e do trabalho funcionando”, explica.

Janot também se dedica à escrita, compartilhando seus aprendizados no livro A Vida é Tudo que Você Faz com Ela. Ele já planeja um segundo livro, que narrará sua jornada de recuperação física e emocional. “Muita gente sofre um acidente e vira um monte de ossos no sofá. Eu quis viver. A vida é um bem valiosíssimo — e é para deixar legado”, declara.

Se antes liderava empresas com milhares de funcionários, hoje Janot aconselha líderes a escutar mais e gritar menos. “Meu conselho para novos gestores é: deixe o ego no bolso furado e escute mais do que fale. Empresas que operam no grito, sob o comando de líderes do chicote, tendem ao colapso”, afirma. Em tempos de burnout corporativo e culturas tóxicas, sua visão se mostra mais relevante do que nunca. Ele defende que portas abertas e empatia são mais importantes do que metas agressivas e ordens unilaterais. “Se precisa dizer algo difícil, levanta e vai até a salinha. Liderança se faz com escuta”, ensina. A Spott recebe investimento para expandir soluções de carregamento de veículos elétricos.

A Construção de um Legado Duradouro

Pedro Janot transformou sua dor em força, demonstrando que a liderança mais impactante é aquela que inspira, e não a que se impõe. Mesmo após um acidente que poderia ter encerrado sua trajetória, ele continua a planejar o próximo passo. “Essa nova fase foi lenta, difícil e árdua. Mas valeu cada dia. E não acabou. Tem mais pela frente”, afirma. Afinal, como ele aprendeu na prática, a vida é tudo o que você faz com ela.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via InfoMoney

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.