Signal implementa nova criptografia para proteção contra ataques quânticos

Signal adiciona camada extra de proteção contra ataques quânticos para garantir suas mensagens seguras.
Atualizado há 6 horas
Signal implementa nova criptografia para proteção contra ataques quânticos
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Signal adiciona uma nova camada de criptografia para proteger contra ataques cibernéticos futuros baseados em computação quântica.
    • Você terá suas mensagens protegidas até contra tentativas futuras de decifrá-las com computadores quânticos.
    • Essa atualização reforça a segurança das conversas, dificultando o acesso até mesmo para supercomputadores avançados.
    • A mudança será automática e não alterará a interface ou o funcionamento atual do aplicativo.
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O aplicativo de mensagens Signal anunciou na quinta-feira (2) a adição de uma nova camada de criptografia. O objetivo é proteger os usuários de futuras ameaças de ataques cibernéticos que podem vir de computadores quânticos. A plataforma já tinha dado um passo em 2023, atualizando seu protocolo de troca de chaves para o PQXDH.

Com a nova tecnologia, chamada Sparse Post-Quantum Ratchet (SPQR), o mensageiro garante que suas conversas ficarão seguras. Isso vale mesmo se criminosos coletarem dados criptografados agora para tentar decifrá-los quando a computação quântica se tornar uma realidade prática. Essa tecnologia traz melhorias importantes em relação ao protocolo que era usado anteriormente pelo aplicativo. A tecnologia SPQR é um avanço significativo na proteção de dados.

A Criptografia contra ataques quânticos no Signal

O Signal, conhecido por seu foco em privacidade e segurança, utiliza um sistema chamado Double Ratchet. Este mecanismo troca as chaves de criptografia continuamente, o que garante a segurança das mensagens. Ele se baseia em cálculos matemáticos de curvas elípticas (ECDH), uma técnica muito eficaz contra os dispositivos e computadores atuais.

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Contudo, apesar de sua robustez, o sistema ECDH pode se tornar vulnerável à computação quântica no futuro. É por isso que o Signal buscou uma solução que pudesse manter a segurança de suas comunicações. A chegada do SPQR representa essa próxima fase na proteção das conversas.

Com a introdução do SPQR, o app de mensagens ganha uma camada extra de segurança. Ele passa a usar a abordagem Triple Ratchet, que funciona junto com o sistema atual, criando uma defesa mais forte. Esse novo mecanismo garante que as chaves de segurança sejam ainda mais complexas e difíceis de serem quebradas.

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No novo processo, cada mensagem que você troca gera chaves secretas de ambos os ratchets (o antigo e o novo). Essas chaves são então combinadas por meio de uma Função de Derivação de Chaves (KDF), formando uma chave híbrida. Essa chave híbrida incorpora algoritmos pós-quânticos, o que aumenta muito a segurança.

Isso significa que um criminoso digital que conseguisse coletar suas mensagens precisaria quebrar as duas proteções ao mesmo tempo. Ele teria que decifrar tanto a criptografia antiga quanto a nova, o que se torna uma tarefa extremamente mais complicada. Essa complexidade extra dificulta o trabalho até mesmo para os supercomputadores mais potentes que existem hoje.

A criptografia contra ataques quânticos será implementada de forma gradual, por meio de uma atualização no aplicativo. Os usuários não precisarão fazer nada, pois a mudança acontecerá de forma automática em segundo plano. Além disso, a nova abordagem não vai alterar a interface do aplicativo, que continuará funcionando exatamente da mesma maneira que você já conhece.

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Após a transição para este novo protocolo, todas as conversas realizadas pelo Signal estarão protegidas contra futuras tentativas de quebra de criptografia que usam computação quântica. Segundo a plataforma, essa proteção incluirá até mesmo os bate-papos mais antigos que estão armazenados no aplicativo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.