Tesla tenta reverter multa milionária após acidente com Autopilot nos EUA

Tesla recorre de multa de R$ 1,34 bi por acidente com Autopilot, alegando falta de bom senso na condenação nos EUA.
Tesla tenta reverter multa milionária após acidente com Autopilot nos EUA
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Tesla busca anular a multa bilionária imposta nos EUA por acidente fatal envolvendo o sistema Autopilot.
    • Você pode acompanhar como a decisão pode influenciar o futuro dos veículos autônomos e das inovações tecnológicas.
    • A disputa destaca os desafios legais e de responsabilidade civil em tecnologias de direção autônoma.
    • O julgamento envolve questionamentos sobre a transparência da Tesla e o impacto nas futuras regulamentações do setor.
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A montadora Tesla busca reverter uma condenação nos Estados Unidos, contestando a multa milionária e o processo ligado a um trágico Acidente com Autopilot. A empresa recorreu da decisão, colocando em xeque as evidências usadas e a condução do julgamento, alegando falta de “bom senso”. A multa original imposta à Tesla foi de R$ 1,34 bilhão.

Os advogados da Tesla argumentam que o julgamento foi um “tapa na cara da lei básica de responsabilidade civil da Flórida” e também ao “devido processo legal”. Eles apontam que a punição da marca pode “resfriar a inovação”, impactando a segurança nas estradas. Além disso, isso poderia desencorajar fabricantes a desenvolverem novos recursos de proteção para os consumidores. É uma preocupação sobre o futuro do desenvolvimento tecnológico.

Por outro lado, os advogados de acusação afirmam que o recurso da Tesla demonstra “desprezo completo” pelos custos humanos de sua “tecnologia defeituosa”. Eles garantem que continuarão lutando para que o caso não seja anulado. Essa disputa legal promete ser longa e com desdobramentos importantes.

Tesla Contesta Evidências e Declarações de Liderança

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Entre os argumentos da defesa da Tesla, estão tentativas de desacreditar a acusação e críticas ao processo como um todo. A empresa alega que o júri foi sobrecarregado por uma “enxurrada de evidências altamente prejudiciais”, que seriam “irrelevantes” para o caso. É uma tática para questionar a base da decisão.

Os advogados da Tesla ainda argumentam que a acusação pintou um quadro muito negativo da empresa para o júri. Eles acreditam que essa abordagem teria influenciado a decisão final, levando a um resultado enviesado contra a montadora. A imparcialidade do processo está no centro da discussão.

As provas contestadas incluem acusações graves de que a Tesla transferiu e apagou de propósito evidências sobre o uso do Autopilot. Outros dados do veículo envolvido no acidente também teriam sido manipulados. Especialistas foram chamados para recuperar informações que a marca alegava não possuir, mas que na verdade estavam escondidas. Isso levanta sérias dúvidas sobre a transparência da empresa.

A montadora também pediu que as declarações do CEO da Tesla, Elon Musk, não sejam consideradas, pois “prejudicam” a empresa. Musk já falou sobre a segurança e confiabilidade do modo Full Self Driving em várias ocasiões. Os advogados temem que condenar essas projeções “desincentivaria empresas a fazerem projeções visionárias” sobre tecnologias aguardadas, como inovações com inteligência artificial.

O recurso da Tesla busca, principalmente, anular o caso por completo, ou pelo menos conseguir um novo julgamento. Uma alternativa seria a redução significativa dos valores das punições financeiras. A empresa busca minimizar os impactos da decisão judicial.

Relembrando o Cenário do Acidente

O acidente em questão aconteceu em 2019, nos Estados Unidos. Naibel Benavides Leon foi atropelada e morreu no local, enquanto Dillon Angulo, seu namorado, sofreu ferimentos graves e permanentes. Ambos foram atingidos por um Tesla Model S. O incidente ocorreu enquanto eles estavam parados no acostamento ao lado do próprio veículo.

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Na ocasião da batida, o Tesla estava com o software de assistência de direção autônoma Autopilot ativado. O condutor do veículo estava distraído, abaixado para pegar o celular que havia caído do painel. A Tesla havia rejeitado um acordo de US$ 60 milhões (equivalente a R$ 324 milhões na época), o que a levou ao tribunal pela primeira vez com essa acusação.

Um carro Tesla Model S após um acidente em 2019, mostrando danos significativos na frente do veículo. (Imagem: US District Court for the Southern District of Florida)
O acidente aconteceu em 2019 e envolveu um carro que estava parado em um acostamento. (Imagem: US District Court for the Southern District of Florida)

O veredito do júri considerou a Tesla culpada por 33% do incidente. A principal razão foi a falta de ação do sistema para evitar a colisão, mesmo com o Autopilot ativo. O motorista, que sobreviveu e aceitou um acordo separado, foi responsabilizado pela maior parte dos danos. No entanto, a Tesla recebeu a maior parte do pagamento em dinheiro.

A defesa da montadora argumenta que essa situação pode levar a um “resfriamento de inovação“. Eles sugerem que futuras empresas poderiam evitar implementar novas tecnologias de segurança, temendo punições severas em casos similares. É um debate complexo sobre responsabilidade e o avanço da tecnologia.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Electrek

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.