O Departamento de Comércio dos EUA diz que não vai impor uma ordem que forçaria a plataforma de compartilhamento de vídeo TikTok a fechar, de acordo com o The Wall Street Journal. O governo citou uma liminar de um juiz federal na Pensilvânia no mês passado que escreveu que o Departamento de Comércio provavelmente ultrapassou sua autoridade quando tentou proibir transações na plataforma.
O governo citou preocupações com a segurança nacional, já que o TikTok pertence à ByteDance, com sede em Pequim.
De acordo com uma regra inédita do Departamento de Comércio,a agência estácumprindo os termos da decisão do juiz. Sua proibição de transações do TikTok “foi incorporada e não entrará em vigor, aguardando novos desenvolvimentos legais”.
David Shepardson, da Reuters, diz que não é a primeira vez que o Departamento de Comércio confirma que cumpriria a liminar; também emitiu uma declaração em 1º de novembro. Na ocasião, disse que também “pretende defender vigorosamente o EO” de desafios legais.
- TikTok pode ser proibido nos EUA a qualquer momento
- TikTok vai lançar rede social de fotos para acabar com Instagram
- TikTok será investigado na UE por descumprir legislação
“Os pequenos vídeos criados e trocados no TikTok são expressivos e informativos, e são análogos aos ‘filmes’, ‘obras de arte’, ‘fotografias’ e ‘feeds de notícias’ expressamente protegidos sob” a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência, escreveu a juíza Wendy Beetlestone em sua decisão. Uma parte separada das restrições do Departamento de Comércio, que teria bloqueado novos downloads do aplicativo a partir de 27 de setembro, foi interrompida como parte de um processo diferente..
O Comitê de Investimento Estrangeiro do governo nos Estados Unidos havia estabelecido um prazo de 12 de novembro para o TikTok se desfazer de “qualquer ativo ou propriedade tangível ou intangível, onde quer que estivesse localizado, usado para permitir ou apoiar o funcionamento da ByteDance do aplicativo TikTok nos Estados Unidos”.
A ByteDance concordou em vender parte de seus negócios nos EUA em um acordo incluindo Microsoft e Walmart, que o presidente Trump aprovou em setembro. Mas o acordo nunca foi aprovado pelo governo chinês, e no início desta semana, o TikTok procurou uma revisão das ações do governo Trump, dizendo que não tinha ouvido nada de novo em várias semanas.
