China inicia testes com data centers subaquáticos para resfriamento de servidores

China testa data centers submersos para reduzir consumo de energia e impacto ambiental.
Publicado dia 5/10/2025
China inicia testes com data centers subaquáticos para resfriamento de servidores
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A empresa chinesa Highlander inicia testes de data centers subaquáticos próximos a Xangai para resfriamento de servidores.
    • Você poderá se beneficiar de tecnologias que reduzem o consumo de energia e tornam o processamento mais sustentável.
    • Este projeto comercial pode representar avanço na eficiência energética e na infraestrutura de dados para o futuro.
    • O uso de energia renovável e a redução da pegada de carbono são diferenciais importantes para o meio ambiente.
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A empresa chinesa Highlander vai iniciar testes este mês com um data center subaquático perto de Xangai. O objetivo principal é usar a água fria do oceano para resfriar servidores, buscando reduzir significativamente o alto consumo de energia. Este projeto se diferencia por ser o primeiro com foco comercial, seguindo outras iniciativas notáveis da Microsoft e de empresas chinesas, representando um avanço para a eficiência energética.

Como Funcionam os Data Centers Submarinos

A ideia por trás dos data centers que operam debaixo d’água não é completamente nova. A Microsoft já realizou um experimento similar na Escócia, e a própria China tem outras pesquisas em andamento. No entanto, o diferencial do projeto da Highlander é que ele será o primeiro a atender clientes comerciais e estatais, o que pode mudar o cenário da computação.

Neste projeto chinês, os servidores são protegidos dentro de cápsulas de aço. Essas estruturas são, então, submersas para funcionar nas profundezas do oceano. A grande sacada é aproveitar a temperatura naturalmente mais baixa da água nessas regiões para resfriar os equipamentos, cuja demanda por resfriamento aumentou muito com a popularização da inteligência artificial. Isso oferece uma alternativa para a refrigeração de componentes eletrônicos.

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A Highlander aponta que este método trará uma economia considerável. Estima-se que os gastos com energia para a refrigeração convencional dos servidores podem ser reduzidos em até 90%. Essa é uma grande vantagem, não só para o bolso, mas também para o meio ambiente, diminuindo a pegada de carbono das operações.

Para complementar, a empresa informou que a sustentabilidade é uma prioridade. Cerca de 95% da energia usada na instalação subaquática virá de fontes renováveis. Um bom exemplo são os parques eólicos marinhos, que fornecem uma energia limpa e abundante para manter tudo funcionando.

Leia também:

  • A estrutura no fundo do mar está interligada a um segmento que fica na superfície, permitindo a comunicação e manutenção.
  • Existe um elevador que facilita o deslocamento entre esses dois pontos, tornando o acesso mais prático para as equipes.
  • Grandes clientes já estão a bordo, como a China Telecom, um dos principais provedores de telecomunicações do país.
  • Uma empresa pública de computação focada em IA também faz parte dos primeiros usuários, mostrando a relevância do projeto para diferentes setores.

Montar um data center subaquático não é tarefa fácil e envolveu vários desafios técnicos. Um deles foi a instalação cuidadosa das cápsulas no fundo do mar, que exigiu precisão. Além disso, foi necessário um reforço na proteção contra a corrosão causada pela água salgada, um inimigo natural dos equipamentos eletrônicos.

Para combater a corrosão e isolar os servidores, as estruturas receberam um revestimento especial com placas de vidro. Manter a qualidade do sinal da internet também foi um obstáculo, precisando de adaptações para garantir que a conectividade fosse estável e eficiente mesmo debaixo d’água. Esses pontos mostram o nível de engenharia envolvido.

Há também uma preocupação com os efeitos dos servidores no fundo do mar. O calor que eles emitem pode, em tese, afetar o ecossistema marítimo local. No entanto, a Highlander garante que testes já foram feitos e as mudanças observadas estão dentro de limites considerados aceitáveis, minimizando o impacto ambiental.

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Este tipo de iniciativa demonstra um caminho para o futuro da infraestrutura de dados. Ao reduzir o consumo energético e a pegada de carbono, os data centers subaquáticos podem se tornar uma solução importante para a crescente demanda por processamento de dados, especialmente com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.