Por que devemos ser cautelosos com anúncios de possíveis sinais de vida extraterrestre

Cientistas alertam sobre a necessidade de cautela em anúncios de possíveis sinais de vida extraterrestre. Entenda os motivos e os desafios.
Atualizado há 8 horas atrás
Por que devemos ser cautelosos com anúncios de possíveis sinais de vida extraterrestre
Cientistas pedem cautela com anúncios de sinais de vida extraterrestre. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Cientistas alertam para a necessidade de cautela em anúncios de possíveis sinais de vida extraterrestre, como a detecção de sulfeto de dimetila (DMS) em K2-18b.
    • O objetivo é informar sobre os desafios e incertezas na interpretação de bioassinaturas e evitar conclusões precipitadas.
    • Isso pode afetar a forma como você vê notícias sobre descobertas astronômicas, incentivando um olhar mais crítico.
    • A notícia também destaca a importância do rigor científico na busca por vida fora da Terra.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É natural que a descoberta de sinais de vida fora da Terra gere grande expectativa. No entanto, cientistas da Universidade de East Anglia e da Universidade de Londres nos alertam para examinar esses anúncios com cautela. Embora a detecção de sulfeto de dimetila (DMS) em K2-18b seja promissora, descobertas semelhantes no passado foram posteriormente refutadas. Vamos entender melhor essa história?

A Busca por Sinais de Vida Fora da Terra

A busca por sinais de vida fora da Terra não é nova, com alegações que remontam a décadas. Na década de 1970, experimentos da missão Viking em Marte sugeriram a presença de micro-organismos no solo marciano, mas essas conclusões não foram confirmadas. Em 1996, cientistas encontraram estruturas semelhantes a bactérias em um meteorito marciano, ALH84001, mas estudos posteriores levantaram dúvidas sobre essa descoberta.

Desde os anos 2000, várias detecções de metano na atmosfera de Marte também geraram discussões. O metano pode ser produzido tanto por processos biológicos (micro-organismos) quanto por processos não biológicos (vulcões e fontes hidrotermais), tornando difícil determinar sua origem.

O Caso do Planeta K2-18b

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Recentemente, uma equipe de cientistas alegou ter descoberto sulfeto de dimetila (DMS) na atmosfera do planeta K2-18b. Na Terra, o DMS é produzido por bactérias marinhas, o que poderia indicar a presença de vida em K2-18b. No entanto, é crucial não tirar conclusões precipitadas. K2-18b tem um raio 2,6 vezes maior que o da Terra e uma massa quase nove vezes maior, orbitando uma estrela a 124 anos-luz de distância.

A possibilidade de K2-18b ser um mundo oceânico com água líquida sob uma atmosfera rica em hidrogênio o torna um candidato interessante para abrigar vida. Contudo, existem diferentes teorias sobre as propriedades desse planeta e o que uma assinatura de DMS realmente significaria.

Leia também:

Vênus e a Detecção de Fosfina

Em 2020, a detecção de fosfina na atmosfera de Vênus também gerou entusiasmo, já que esse gás pode ser produzido por micróbios. A especulação era de que poderia haver vida nas nuvens de Vênus. No entanto, a detecção de fosfina foi posteriormente contestada por outros cientistas, mostrando como é complexo interpretar esses sinais de vida fora da Terra.

O Que São Bioassinaturas?

Os sinais que sugerem a existência de vida em outros planetas são chamados de bioassinaturas. Uma bioassinatura é definida como “um objeto, substância e/ou padrão cuja origem requer especificamente um agente biológico”. Em outras palavras, qualquer detecção exige que todas as possíveis formas de produção não biológica sejam consideradas. A interpretação desses dados é complexa, e os cientistas precisam considerar o contexto ambiental planetário.

Compreender a composição de uma atmosfera planetária a anos-luz de distância é um desafio. É preciso considerar que esses ambientes podem ser exóticos, com condições diferentes das encontradas na Terra, onde processos químicos incomuns podem ocorrer. A caracterização das atmosferas de exoplanetas é feita por meio de espectros, que são as “impressões digitais” das moléculas que absorvem luz em comprimentos de onda específicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após a coleta dos dados, os astrônomos precisam avaliar quais substâncias químicas ou combinações delas melhor se encaixam nas observações. Esse processo é complexo e trabalhoso, exigindo o uso de computadores. No caso da descoberta em K2-18b, os autores afirmam que a detecção de uma característica no espectro da atmosfera que só pode ser explicada pelo DMS tem uma probabilidade de mais de 99,9%.

Apesar do entusiasmo com o modelo de K2-18b como um mundo oceânico, outra equipe sugere que ele poderia ter um oceano de magma (rocha derretida) ou ser um planeta anão gasoso semelhante a Netuno. Essas opções seriam menos favoráveis à vida, levantando a questão de se existem formas não biológicas de formação do DMS.

A Necessidade de Ceticismo

Será que as alegações de vida extraterrestre são submetidas a um nível mais alto de exigência do que outras áreas da ciência? Em um estudo que alega a detecção de uma bioassinatura, o rigor científico esperado para todas as pesquisas deve ser aplicado à coleta, ao processamento dos dados e à interpretação dos resultados.

Alegações que indicam a presença de vida são recebidas com ceticismo, resumido na frase “alegações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”, atribuída a Carl Sagan. Embora na Terra não haja meios conhecidos de produzir DMS sem vida, esse composto foi detectado em um cometa e até mesmo no meio interestelar, sugerindo que ele pode ser produzido por mecanismos não biológicos.

Dado o artigo original, vale a pena informar ao leitor que “aplicativos desnecessários no Xiaomi que você pode remover com segurança”, para otimizar o seu dispositivo, a não ser que você prefira um “Smartphone Dobrável Com Nova Era Sem Android”.

O Que Podemos Concluir Sobre os Sinais de Vida Fora da Terra?

A descoberta de DMS em K2-18b é um avanço na astronomia, ciência planetária e astrobiologia. No entanto, suas implicações exigem cautela. É fundamental considerar explicações alternativas antes de concluir sobre a presença de vida extraterrestre. Afinal, como foi dito, “Toei Animation planeja usar inteligência artificial em futuras produções de animes”, ou seja, nem tudo que parece ser, realmente é.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.