Afinal, o que define um número? Entenda por que telefones não são números

Entenda a diferença entre números e sequências numéricas, como telefones, e como a matemática define os números de verdade.
Atualizado há 10 horas
Afinal, o que define um número? Entenda por que telefones não são números
Números e sequências: a matemática revela suas definições e aplicações distintas. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • O texto explica que números de telefone não são considerados números verdadeiros, pois não seguem as operações matemáticas básicas.
    • Você vai entender como a matemática define um número e por que algumas sequências, como telefones, não se encaixam nessa definição.
    • Isso pode mudar sua percepção sobre como usamos números no dia a dia e em contextos como tecnologia e comunicação.
    • O artigo também aborda a evolução histórica dos números e como novas categorias, como os surreais, expandem nosso entendimento.
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Você já parou para pensar o que realmente define um número? Aquilo que aprendemos na escola, representados por símbolos como 1, 2, 3, 0, e que usamos diariamente? O colunista Marcelo Viana da Folha explica que vai além da simples representação visual. A distinção crucial reside no que podemos fazer com eles, nas operações matemáticas que transformam e revelam suas capacidades únicas.

Afinal, o que é um número?

Para muita gente, número é o que se escreve com os algarismos 1 a 9 e o 0. Mas essa ideia não fecha, já que os romanos, por exemplo, usaram números por séculos sem conhecer esses algarismos. O que diferencia os números das palavras não é como os escrevemos, mas o que podemos fazer com eles.

Números reais podem ser organizados do menor para o maior, assim como as palavras podem ser ordenadas alfabeticamente. Mas os números vão além, gerando novos números por meio de operações matemáticas como adição, subtração, multiplicação e divisão. Essa capacidade de transformação é o que realmente define um número.

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Assim, nem tudo que escrevemos com 0, 1, …, 9 é um “número” de verdade. Um bom exemplo disso são os números de telefone.

Por que número de telefone não é número?

Pense bem: ordenar números de telefone não faz sentido. Se o seu número é 25295000 e o meu é 25295001, isso não quer dizer que sua linha foi criada antes da minha, nem que meu telefone é “maior” que o seu. E se somarmos os dois, o resultado não significa nada, podendo nem ser um número de telefone válido!

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Na história, fomos criando conjuntos de números cada vez maiores a partir dos naturais, sempre para ampliar as possibilidades das operações e resolver problemas reais. As frações surgiram para tornar sempre possível a divisão (exceto por zero, claro!). Os negativos, para que sempre desse para subtrair. E os irracionais e imaginários, para garantir que sempre existisse raiz quadrada.

É importante lembrar que essas expansões do conceito de número não podem ser feitas de qualquer jeito. É preciso que as propriedades básicas das operações sejam mantidas. Por exemplo, a multiplicação dos números naturais é comutativa: a ordem dos fatores não muda o resultado. E essa regra continua valendo para frações, números reais e até complexos.

A regra do “menos vezes menos é mais”

De vez em quando, alguém questiona a regra de que “menos vezes menos é mais”, querendo até criar uma “teoria correta” dos números negativos. Mas a teoria que funciona é aquela em que as propriedades fundamentais da adição e multiplicação dos números naturais – comutatividade e distributividade – continuam valendo para todos os inteiros. E essas propriedades garantem que “menos vezes menos é mais”, sem discussão.

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Recentemente, o colunista mencionou que o matemático britânico John Conway (1937 – 2020) descobriu novos números, os surreais. Isso significa que ele encontrou um conjunto ainda maior que o dos números reais, onde as operações, a ordenação e suas propriedades continuam valendo. E a busca para por ai: os surreais são o maior conjunto de números que existe!

E por falar em matemática, você sabia que a UpMat capta R$ 1,5 milhão para integrar inteligência artificial em plataforma educacional, facilitando ainda mais o aprendizado?

No mundo da tecnologia, a busca por inovação é constante, e um relatório da AWS mostra que a IA generativa supera a segurança em orçamentos de TI para 2025, mostrando que as empresas estão cada vez mais interessadas em investir em inteligência artificial.

Além disso, a Google lança ferramenta de IA para simplificar textos complexos no iPhone, mostrando que a inteligência artificial está cada vez mais presente em nosso dia a dia.

E por fim, não deixe de conferir a 3ª temporada de ‘O Verão que Mudou’, que já tem data de estreia e trailer revelados!

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.