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- Uma análise detalhada revelou características surpreendentes da “Mosura fentoni”, uma criatura marinha de três olhos do período Cambriano.
- O estudo ajuda a entender melhor a evolução dos artrópodes e a diversidade da vida marinha primitiva.
- A descoberta pode alterar teorias sobre a complexidade anatômica dos animais pré-históricos.
- Os fósseis foram encontrados no Folhelho Burgess, um importante sítio paleontológico no Canadá.
Uma análise detalhada revelou características surpreendentes de uma antiga criatura marinha de três olhos que viveu no período Cambriano. Este ser pré-histórico, conhecido como Mosura fentoni, possuía estruturas anatômicas mais alinhadas com animais modernos do que se imaginava. A descoberta lança nova luz sobre a evolução dos artrópodes e a diversidade da vida marinha primitiva. Vamos mergulhar nos detalhes dessa fascinante criatura.
Descoberta da Criatura Marinha de Três Olhos
Imagine um predador de três olhos nadando nos oceanos do período Cambriano, há mais de 500 milhões de anos, muito antes de Blinky, o peixe mutante de “Os Simpsons”. Essa criatura, chamada Mosura fentoni, caçava suas presas com um par de garras cheias de espinhos e uma boca circular repleta de dentes.
Os restos fossilizados desse animal foram encontrados no Folhelho Burgess, um depósito fossilífero importantíssimo localizado nas montanhas rochosas da Colúmbia Britânica, no Canadá. A anatomia da Mosura fentoni, detalhada em um estudo publicado na revista científica Royal Society Open Science, revela que ela pode não ser tão diferente das criaturas que conhecemos hoje.
O paleontólogo Charles Walcott descobriu o Folhelho Burgess em 1909 e, com ele, o primeiro espécime de Mosura. Nas décadas seguintes, pesquisadores do Museu Real de Ontário, em Toronto, encontraram dezenas de fósseis adicionais da espécie, apelidando-a de mariposa marinha devido às abas que se assemelham a asas e a ajudavam a nadar. Essas criaturas eram parentes dos radiodontes, um grupo de artrópodes ancestrais que dominavam as cadeias alimentares do Cambriano.
Um grande número de espécimes de Mosura foi descoberto em 2012 em Marble Canyon, um afloramento do Folhelho Burgess, permitindo uma análise mais aprofundada. “Ter essa coleção de espécimes antigos e novos nos impulsionou a finalmente desvendar esse animal”, explicou o paleontólogo Joseph Moysiuk.
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Anatomia Detalhada da Mosura fentoni
Joseph Moysiuk e Jean-Bernard Caron examinaram cerca de 60 espécimes de Mosura. Muitos desses fósseis estavam bem preservados, mantendo características como tratos digestivos e sistemas circulatórios. Alguns espécimes até mostravam vestígios de feixes nervosos em cada um dos três olhos da criatura. A equipe fotografou os espécimes sob luz polarizada para capturar a anatomia detalhada dos fósseis.
Uma característica fundamental dos artrópodes modernos é a divisão de seus corpos em partes especializadas. Crustáceos, como os caranguejos, possuem apêndices adaptados para alimentação e locomoção. Os fósseis de muitos ancestrais primitivos de artrópodes, incluindo outros radiodontes, têm planos corporais relativamente simples. Por isso, os pesquisadores acreditavam que a segmentação levou muito tempo para evoluir. Uma nova teoria sobre matéria escura pode esclarecer mistérios da Via Láctea, assim como essa descoberta desvenda segredos de criaturas marinhas.
A Mosura, no entanto, desafia essa ideia. Apesar de medir apenas 6,3 centímetros de comprimento, seu corpo era dividido em até 26 segmentos. “É algo que nunca vimos antes nesse grupo de animais, não apenas em termos do grande número de segmentos, mas também em termos de como eles são diferenciados de outras partes do corpo”, afirmou Moysiuk, que hoje está no Museu de Manitoba, em Winnipeg.
Além de suas amplas nadadeiras, a criatura marinha de três olhos possuía um tronco altamente segmentado na parte traseira do corpo, repleto de brânquias. Essa região se assemelha às estruturas que caranguejos-ferradura, tatuzinhos-de-jardim e alguns insetos usam para respirar, segundo os pesquisadores.
Implicações Evolutivas e Nome da Criatura
A otimização da captação de oxigênio teria sido crucial para um predador ativo como a Mosura. Os pesquisadores acreditam que ela caçava pequenas presas em águas abertas e precisava se esquivar rapidamente de predadores maiores, como o Anomalocaris, de 60 centímetros de comprimento, ou o Titanokorys, com seu formato de nave espacial. Novas ferramentas, como o Game Booster+ que está disponível para dispositivos Galaxy com One UI 7, otimizam o desempenho de jogos e aplicativos, permitindo uma experiência mais fluida e eficiente.
Como nenhum outro radiodonte possuía um tronco tão especializado, os pesquisadores colocaram a Mosura em seu próprio grupo. Em vez de homenagear o peixe de desenho animado com três olhos, a equipe se inspirou em outra referência da cultura pop: Mothra, a némesis alada de Godzilla. Segundo Moysiuk, o nome faz referência tanto ao apelido da criatura quanto à popularidade duradoura das criaturas do Folhelho Burgess no Japão.
A equipe também notou outras características notáveis, como manchas escuras e reflexivas dentro do corpo da criatura e nadadeiras. Os pesquisadores sugerem que estas últimas reúnem cavidades internas que continham o sangue do animal depois de ser bombeado para fora de seu coração tubular.
No entanto, nem todos os pesquisadores concordam que essas marcas representam bolsas de sangue fossilizadas. Joanna Wolfe, paleontóloga da Universidade de Harvard que não participou do estudo, sugere que elas poderiam ser outras características, como glândulas intestinais. Se você é fã de cultura pop, aproveite para assistir ao vivo a keynote da NVIDIA na Computex 2025 com Jensen Huang e fique por dentro das últimas novidades tecnológicas.
Conexão com Artrópodes Modernos
Embora algumas características da Mosura ainda sejam debatidas, Jean-Bernard Caron acredita que os segmentos corporais dessa antiga criatura marinha deixam clara sua conexão com os artrópodes vivos. “É realmente um animal muito estranho, mas talvez não necessariamente tão estranho quanto parece inicialmente”, conclui Caron.
Este estudo não apenas ilumina a diversidade da vida marinha no período Cambriano, mas também desafia algumas das ideias pré-concebidas sobre a evolução dos artrópodes. A descoberta de que a Mosura fentoni possuía um corpo segmentado e especializado sugere que a complexidade anatômica pode ter surgido mais cedo do que se pensava.
A análise da criatura marinha de três olhos, a Mosura fentoni, revela que a evolução é um processo cheio de surpresas e que as criaturas do passado podem ter muito a nos ensinar sobre a vida na Terra.
O estudo da criatura marinha de três olhos abre novas portas para a compreensão da história evolutiva dos animais, destacando a importância de depósitos fossilíferos como o Folhelho Burgess na revelação de segredos sobre a vida primitiva. Além disso, para os fãs de tecnologia e organização, o Google Fotos aprimora recursos de IA para organização e edição de imagens, facilitando a gestão de suas memórias digitais.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo