Astrônomos registram colisão inédita entre galáxias antes de fusão

Astrônomos observam duas galáxias em colisão antes de fusão, revelando como a radiação de um quasar afeta a formação de estrelas.
Atualizado em 26/05/2025 às 06:34
Astrônomos registram colisão inédita entre galáxias antes de fusão
Colisão galáctica: quasar em ação molda a formação de estrelas nas galáxias. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Astrônomos registraram duas galáxias em rota de colisão, um evento cósmico raro que ocorreu 2,4 bilhões de anos após o Big Bang.
    • Você pode entender melhor como os quasares e buracos negros supermassivos influenciam a evolução das galáxias.
    • Essa descoberta pode revolucionar o conhecimento sobre a formação e evolução das galáxias no universo.
    • O estudo também oferece pistas sobre como a radiação de quasares pode impedir a formação de estrelas em galáxias vizinhas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Astrônomos registraram um evento cósmico inédito: duas galáxias do tamanho da Via Láctea em rota de colisão. A observação, feita com telescópios no Chile, mostra como elas eram 2,4 bilhões de anos após o Big Bang. No coração de uma das galáxias, um quasar, impulsionado por um buraco negro supermassivo, lança radiação que perturba a formação de estrelas na outra galáxia.

Galáxias em rota de colisão revelam segredos do universo

As galáxias foram flagradas em um momento crucial de sua evolução, revelando detalhes de como a radiação de um quasar pode influenciar a formação de estrelas em outra galáxia. A descoberta, publicada na revista Nature, oferece uma visão rara do passado do Universo e pode ajudar a entender melhor como as galáxias evoluem ao longo do tempo.

No centro de uma das galáxias, um quasar brilha intensamente, alimentado por um buraco negro com massa 200 milhões de vezes maior que a do nosso Sol. A radiação emitida por esse quasar, em vez de estimular, está prejudicando a formação de novas estrelas na galáxia vizinha.

Uma “justa” cósmica entre galáxias

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A interação entre as duas galáxias foi comparada a uma justa medieval, onde um cavaleiro ataca o outro com uma lança. A galáxia com o quasar age como o cavaleiro, emitindo um feixe de radiação que atinge a galáxia companheira, como explicou Pasquier Noterdaeme, do Instituto de Astrofísica de Paris. Essa radiação perturba o gás na outra galáxia, dificultando o nascimento de novas estrelas.

“Assim como cavaleiros em uma justa avançando um contra o outro, essas galáxias estão se aproximando rapidamente. Uma delas —a hospedeira do quasar— emite um poderoso feixe de radiação que atravessa a galáxia companheira, como uma lança. Essa radiação ‘fere’ seu ‘oponente’ ao perturbar o gás”, disse o astrônomo e coautor principal Pasquier Noterdaeme, do Instituto de Astrofísica de Paris, na França.

Leia também:

O papel do Exynos 2500 na formação de estrelas

A descoberta é importante porque mostra como os quasares, objetos extremamente energéticos, podem afetar o ambiente ao seu redor. A radiação emitida pelo quasar estudado está impedindo que as nuvens de gás e poeira na galáxia vizinha se contraiam e formem novas estrelas.

As estrelas nascem da lenta contração de nuvens moleculares sob a ação da gravidade. Pequenos centros se formam, aquecem e dão origem a novas estrelas. No entanto, a galáxia afetada pela radiação do quasar perdeu muitas dessas regiões propícias para o surgimento estelar, prejudicando sua capacidade de formar novas estrelas.

Essa observação fornece novas pistas sobre como as galáxias se formam e evoluem, e como os buracos negros supermassivos podem influenciar esse processo. Além disso, a descoberta pode ajudar os cientistas a entender melhor a história do Universo e como ele se tornou o que é hoje. E por falar em futuro, você sabe quais são as previsões para o Motorola Razr 2025?

Observações detalhadas com telescópios no Chile

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os astrônomos utilizaram dois potentes telescópios instalados no Chile para realizar as observações: o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma) e o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul. O Alma foi usado para caracterizar as duas galáxias, enquanto o VLT investigou o quasar e o gás na galáxia companheira.

Essa combinação de instrumentos permitiu aos pesquisadores obter uma visão detalhada da interação entre as galáxias e do impacto da radiação do quasar. A configuração das galáxias, vista da Terra, foi crucial para que os cientistas pudessem observar a radiação do quasar atravessando diretamente a galáxia vizinha. Aliás, falando em tecnologia e espaço, você sabe como foi a história do Google Glass?

O futuro das galáxias em colisão

Os pesquisadores acreditam que, no futuro, as duas galáxias irão se fundir em uma única galáxia maior. O quasar, por sua vez, deverá desaparecer à medida que o buraco negro supermassivo consumir todo o material disponível ao seu redor.

Essa fusão de galáxias é um processo comum no Universo, e a maioria das galáxias que observamos hoje são o resultado de fusões que ocorreram ao longo de bilhões de anos. O estudo dessa colisão em particular pode fornecer informações valiosas sobre como as galáxias evoluem e como os buracos negros supermassivos influenciam esse processo.

A descoberta dessa “justa” cósmica entre galáxias é um lembrete de que o Universo está em constante mudança e evolução. As galáxias estão sempre interagindo umas com as outras, e essas interações podem ter um impacto significativo em sua forma, tamanho e capacidade de formar novas estrelas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S. Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.