Bactérias geneticamente modificadas eliminam cinco poluentes industriais tóxicos

Cientistas criam bactérias geneticamente modificadas capazes de decompor cinco poluentes industriais tóxicos, avanço na biorremediação.
Atualizado há 3 horas
Bactérias geneticamente modificadas eliminam cinco poluentes industriais tóxicos
Bactérias geneticamente modificadas podem desintoxicar cinco poluentes industriais. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Cientistas desenvolveram bactérias geneticamente modificadas que decompõem cinco poluentes industriais tóxicos.
    • Essa inovação pode ajudar a limpar áreas contaminadas e proteger o meio ambiente.
    • A descoberta representa um avanço significativo na biorremediação, reduzindo impactos negativos da poluição industrial.
    • A técnica pode ser aplicada em ambientes salinos, ampliando seu potencial de uso.
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A poluição industrial é um problema grave que afeta a saúde dos ecossistemas marinhos em todo o mundo. Mas, calma, nem tudo está perdido! Cientistas desenvolveram bactérias geneticamente modificadas para quebrar até cinco tipos de poluentes industriais tóxicos ao mesmo tempo. Essa descoberta pode ser um grande passo para a biorremediação, ajudando a limpar áreas contaminadas e proteger o meio ambiente. Vamos entender melhor essa inovação?

A ameaça invisível dos poluentes industriais

Desde o final do século 19, a indústria petroquímica criou uma infinidade de novos compostos, como plásticos, pesticidas sintéticos e solventes industriais. O problema é que a natureza não consegue se adaptar tão rápido para degradar essas substâncias, resultando em águas residuais industriais, poluição por petróleo e contaminação por plástico que ameaçam a saúde e a integridade dos ecossistemas marinhos.

Esses poluentes são verdadeiros venenos, capazes de causar danos genéticos e persistir no ambiente por longos períodos. Felizmente, algumas bactérias desenvolveram a capacidade de neutralizar esses contaminantes, mas seu uso é limitado pela complexidade dos poluentes e pela baixa tolerância desses microrganismos a ambientes salinos. Mas, uma equipe de pesquisa chinesa pode ter encontrado a solução!

A escolha da bactéria ideal para a limpeza

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Cientistas de Shenzhen, na China, partiram do princípio de que a contaminação industrial por moléculas orgânicas tóxicas está concentrada em água salobra ou salgada. Para resolver esse problema, eles buscaram uma bactéria que pudesse sobreviver nessas condições extremas. Após muitos testes, a Vibrio natriegens se destacou como a mais promissora para o projeto.

Essa bactéria tem uma taxa de duplicação impressionante, dobrando sua população em apenas dez minutos. No entanto, para se tornar mais fácil de manipular geneticamente, a espécie precisou ser modificada. Os pesquisadores estudaram o DNA de outros micróbios que já conseguiam quebrar poluentes industriais e descobriram que eles possuem grupos de 3 a 11 genes especiais que trabalham juntos.

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Cada grupo de genes produz um conjunto de enzimas, proteínas especiais que atuam em equipe para quebrar um tipo específico de poluente. Como esses genes ficam agrupados no DNA, a bactéria consegue ativar ou desativar toda essa “equipe” de uma vez, conforme a necessidade. A equipe então sintetizou nove clusters gênicos e os adaptaram para funcionar em diferentes linhagens da V. natriegens.

Se você está se perguntando sobre o futuro da IA, Sam Altman compara ascensão da IA ao Renascimento e fala sobre desafios. Será que a tecnologia vai nos ajudar ainda mais a combater a poluição?

Testando as novas bactérias modificadas

Ao inserir clusters genéticos de uma levedura na V. natriegens, os cientistas criaram cepas capazes de degradar poluentes como benzeno, tolueno e naftaleno. Os primeiros testes mostraram que cinco dos nove grupos funcionaram, decompondo bifenil, fenol, naftaleno, DBF e tolueno. Em seguida, os pesquisadores combinaram esses clusters em uma única cepa, que em dois dias removeu até 100% do naftaleno e quase todo o tolueno em soluções controladas.

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Essa cepa modificada foi então testada em águas residuais e solo contaminado, eliminando mais de 95% da maioria dos químicos e 80% do fenol. Apesar dos resultados promissores, existem algumas limitações. A bactéria não degrada todos os poluentes, depende de ambientes salinos para crescer e não metaboliza os subprodutos da degradação, deixando resíduos menos tóxicos.

Além disso, sem estar cercada por poluentes o tempo todo, a bactéria pode parar de usar os clusters gênicos. Será que essa tecnologia será usada na obra entre Santos e Guarujá? Afinal, a tecnologia de túnel imerso será usada em obra entre Santos e Guarujá.

Apesar dessas limitações, o estudo demonstra o potencial de bactérias geneticamente adaptadas na biorremediação. No entanto, para que essa tecnologia funcione de forma duradoura e eficiente, é preciso que a bactéria “tire proveito” do que está degradando, ou seja, use os poluentes que está quebrando como fonte de energia ou nutrientes.

Bactérias para poluentes industriais: um futuro mais limpo?

A pesquisa chinesa abre novas portas para a utilização de bactérias geneticamente modificadas na limpeza de áreas contaminadas por poluentes industriais. A capacidade de decompor múltiplos poluentes simultaneamente e a adaptação a ambientes salinos são avanços importantes que podem ampliar o uso da biorremediação em diferentes cenários.

Embora ainda existam desafios a serem superados, como a necessidade de aprimorar a degradação de todos os poluentes e garantir a sustentabilidade do processo, o estudo representa um passo significativo rumo a um futuro mais limpo e sustentável. A inovação e a ação coletiva são fundamentais para combater a poluição e proteger o meio ambiente.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.