Brasil pode superar apagão genético com lições da Estônia

Estudo brasileiro revela 8,7 milhões de variantes genéticas inéditas; aprenda como a Estônia pode inspirar avanços na pesquisa genética no Brasil.
Atualizado há 7 horas atrás
Brasil pode superar apagão genético com lições da Estônia
Estudo no Brasil descobriu 8,7 milhões de variantes genéticas inéditas. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Pesquisa inédita revela 8,7 milhões de variantes genéticas não mapeadas no DNA de brasileiros.
    • O estudo busca entender melhor a saúde e ancestralidade da população brasileira.
    • O avanço pode impulsionar pesquisas sobre doenças e tratamentos específicos para brasileiros.
    • A Estônia, com seu banco genético robusto, serve de modelo para o Brasil superar desafios na área.
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É hora de celebrar! Uma pesquisa inédita sobre o DNA dos brasileiros acaba de ser divulgada, revelando dados importantíssimos sobre o nosso genoma. O estudo, que analisou o genoma de 2.723 pessoas de diferentes regiões do país, encontrou 8,7 milhões de variantes genéticas que não haviam sido mapeadas antes. Essa descoberta marca um passo crucial para entendermos melhor a saúde e a ancestralidade do povo brasileiro.

O Brasil ainda está nos primeiros passos nessa área, e a presença do nosso genoma em bancos de pesquisa internacionais ainda é pequena. Essa falta de informação limita o desenvolvimento de pesquisas sobre doenças e tratamentos que poderiam beneficiar diretamente a saúde da população brasileira.

A boa notícia é que esse apagão genético brasileiro está começando a ser revertido, e o trabalho da professora Tábita Hünemeier e da pesquisadora Lygia da Veiga Pereira, junto com o apoio de investidores públicos e privados, merece ser reconhecido.

Lições da Estônia para o Apagão Genético Brasileiro

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O projeto brasileiro tem um futuro promissor e pode aprender muito com a experiência de um país que já está bem mais avançado nessa área: a Estônia. Durante a gravação da minha série Expresso Futuro, tive a oportunidade de conhecer de perto as inovações e ideias que impulsionaram o desenvolvimento do país. Enquanto o Brasil só despertou para a importância estratégica do genoma recentemente, a Estônia já havia dado esse passo no ano 2000.

Naquele ano, o Parlamento estoniano aprovou uma lei para criar um banco de dados genético nacional, dando origem ao Estônia Biobank. Para você ter uma ideia da diferença, enquanto o estudo brasileiro se baseou em amostras de DNA de 2.723 pessoas, o banco da Estônia já mapeou o genoma de 212 mil indivíduos, o que representa 20% da população do país e uma das maiores amostras de DNA humano do mundo.

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Durante uma visita à Universidade de Tartu, pude entender melhor como o projeto funciona. Um dos pilares do Estonian Biobank é o consentimento e a ética: a participação é voluntária, e os doadores se sentem motivados a contribuir por saberem que o gesto traz benefícios coletivos para a comunidade local e para a humanidade. A quantidade de comitês de ética e de supervisão envolvidos no projeto é impressionante.

Outro ponto importante é o uso de tecnologia de ponta. O Estonian Biobank realiza análises ômicas abrangentes, que incluem estudos de metilação do DNA e expressão gênica, investigando como fatores genéticos e epigenéticos podem influenciar a saúde e o desenvolvimento de doenças.

Além disso, os dados coletados são vinculados aos registros nacionais de saúde, como os de câncer e causas de morte, e a dados hospitalares. As informações também são correlacionadas com hábitos alimentares, consumo de álcool e cigarro, atividade física, histórico médico pessoal e familiar, saúde mental e outros fatores relevantes.

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Essa ferramenta é extremamente poderosa, e os benefícios já são evidentes. Por exemplo, a Estônia conseguiu reduzir a idade mínima para a realização de exames de mamografia para mulheres com risco aumentado de câncer de mama e diagnosticou doenças raras que dificilmente seriam identificadas de outra forma.

Para completar, o país criou um portal público e gratuito chamado “Meu Genoma”, onde cada cidadão pode acessar seus próprios dados genéticos, incluindo informações de saúde e ancestralidade. Ou seja, tudo o que há de mais moderno em genética é oferecido gratuitamente como um serviço público.

Lições para o Brasil

Durante a visita à Estônia, aprendi que é fundamental tomar decisões ousadas no momento certo. O país fez isso em três áreas essenciais: saúde, tecnologia e educação. Que essa ousadia sirva de inspiração para o Brasil!

Já era – O apagão genético brasileiro.

Já é – O Programa Genomas Brasil, lançado em 2020.

Já vem – A ambição de mapear o genoma de 100 mil brasileiros.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Uma frase em itálico “Via e então insira o nome do site que foi usado como referência como âncora do link de referência https://redir.folha.com.br/redir/online/tec/rss091/https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2025/05/apagao-genetico-brasileiro-pode-aprender-com-a-estonia.shtml com tag nofollow. Por exemplo: Via https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2025/05/apagao-genetico-brasileiro-pode-aprender-com-a-estonia.shtml rel=”nofollow”>Folha de São Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.