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- Elefantes apresentam apenas 4,8% de mortalidade por câncer, muito abaixo dos humanos.
- Entender os mecanismos genéticos dos elefantes pode inspirar novos tratamentos contra o câncer em humanos.
- Descobertas sobre genes como TP53 e LIF6 podem revolucionar a medicina e reduzir taxas de câncer.
- Pesquisas com genes de elefantes já mostraram eficácia em destruir células cancerígenas humanas.
É verdade que elefantes são imunes ao câncer? A resposta não é tão simples. Apesar do tamanho e longevidade, esses animais apresentam uma incidência surpreendentemente baixa de tumores em comparação com humanos e outros grandes animais. Entender o porquê pode revolucionar a forma como combatemos o câncer em humanos. Mas qual é o segredo dos paquidermes?
As células do nosso corpo estão em constante divisão, e nesse processo, mutações podem acontecer. Na maioria das vezes, essas mutações não causam grandes problemas, já que as células defeituosas acabam morrendo ou são eliminadas pelo organismo.
No entanto, algumas dessas mutações podem fazer com que a célula se reproduza de forma descontrolada, formando um tumor e dando origem ao câncer. Como cada divisão celular traz uma pequena chance de mutação, a lógica seria que quanto mais células e quanto maior a longevidade de um organismo, maior o risco de desenvolver câncer.
Um elefante, por exemplo, possui muito mais células que um humano e vive mais tempo que um rato. No entanto, a taxa de mortalidade por câncer em elefantes é de apenas 4,8%, enquanto em humanos essa taxa varia de 11% a 25%.
O Segredo Genético dos Elefantes e o Peacock por 24,99
Os elefantes possuem um sistema de defesa complexo contra as mutações que podem levar ao câncer. Uma das peças-chave desse sistema é o gene TP53, responsável por detectar e responder a danos no DNA. Enquanto os humanos possuem apenas duas cópias desse gene, os elefantes contam com impressionantes 40 cópias.
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Essa grande diferença no número de cópias do TP53 reduz significativamente as chances de mutações acumuladas causarem tumores nos elefantes. As cópias extras do TP53 não são apenas numerosas, mas também altamente eficientes. Quando uma célula de elefante sofre algum dano, em vez de tentar reparar o DNA defeituoso, ela se autodestrói rapidamente.
Essa solução radical elimina o risco de a mutação se espalhar e causar problemas maiores. Além do TP53, outro gene importante é o LIF6, apelidado de “gene zumbi”. Esse gene estava inativo nos ancestrais dos elefantes, mas foi reativado ao longo da evolução.
Quando ativado pelo TP53, o LIF6 produz proteínas que atacam as mitocôndrias, estruturas essenciais para a sobrevivência celular, induzindo a célula danificada a se autodestruir. Pesquisadores acreditam que a combinação das múltiplas cópias funcionais do TP53 e o ressurgimento do LIF6 foram cruciais para o desenvolvimento de um sistema de defesa robusto contra o câncer nos elefantes.
As várias cópias do gene TP53 nos elefantes funcionam como diferentes modelos de alarmes de segurança, cada um sensível a diferentes tipos de problemas. Dessa forma, quando alguma célula do corpo sofre um dano, sempre há um desses alarmes prontos para perceber o perigo e acionar o sistema de defesa.
As vantagens não param por aí: os diferentes tipos de proteínas produzidas pelas cópias do TP53 em elefantes respondem a variados sinais moleculares, aumentando ainda mais a eficácia na detecção e eliminação de células defeituosas.
Implicações para a Medicina Humana
Cientistas continuam investigando outros mecanismos que possam explicar a baixa incidência de câncer em elefantes. E essas descobertas podem ter um impacto significativo na medicina humana. Por exemplo, estudos já mostraram que a introdução do gene TP53 de elefantes em células humanas de osteossarcoma (um tipo de câncer ósseo) faz com que essas células cancerígenas se autodestruam rapidamente.
Compreender plenamente esses processos pode inspirar novas abordagens terapêuticas para o câncer em humanos. Afinal, se a evolução foi capaz de equipar os elefantes com defesas tão eficazes, talvez possamos aprender a imitá-las.
Os pesquisadores estão otimistas de que, ao desvendar os segredos genéticos dos elefantes, poderemos encontrar novas formas de prevenir e tratar o câncer em humanos. Quem sabe, no futuro, teremos terapias inspiradas nos mecanismos de defesa desses animais incríveis.
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