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- A eleição do Papa Leão XIV destacou conexões inesperadas entre a matemática e a história papal.
- Você vai descobrir como números e propriedades matemáticas influenciaram eventos importantes da Igreja Católica.
- Essa notícia revela como a matemática pode estar presente em contextos inusitados, ampliando a compreensão cultural.
- O artigo também explora a vida de papas com formação em matemática, enriquecendo o debate sobre fé e ciência.
Em 14 de maio de 2025, a Folha de S.Paulo publicou um artigo fascinante sobre a inesperada conexão entre a eleição do novo papa e a matemática. O texto explora curiosidades matemáticas relacionadas a papas históricos e ao recente pontífice, Papa matemático Leão XIV, que estudou matemática antes de se dedicar à teologia. Prepare-se para descobrir como os números permeiam até mesmo as mais altas esferas da Igreja Católica!
A matemática por trás da escolha de um Papa
Edgard Pimentel, autor do artigo, nos leva a uma jornada onde a matemática se revela em detalhes triviais da história papal. Ele começa mencionando que a eleição do 267º papa necessitava de, no mínimo, 89 votos do colégio de cardeais. O autor viu uma coincidência divertida em imaginar que seriam necessárias três votações para eleger o papa, justamente porque 267 é o produto de 3 e 89, ambos números primos.
Pimentel, então, recorda a história do primeiro papa, Pedro, que, segundo o Evangelho de João, pescava quando foi chamado por Jesus. O evangelista detalha que Pedro pescou exatamente 153 peixes. Mas o que torna o número 153 tão especial? A resposta está em suas propriedades matemáticas únicas.
O número 153, composto por três algarismos, tem a peculiaridade de ser a soma dos cubos de seus próprios algarismos: 13 + 53 + 33 = 153. Apenas outros cinco números compartilham dessa característica. Além disso, 153 pode ser expresso como a soma de todos os números de 1 a 17, uma ocorrência rara. E não para por aí: ele também é a soma dos fatoriais de 1 a 5 (1! + 2! + 3! + 4! + 5!). Para completar, 153 é um número de Harshad, ou seja, divisível pela soma de seus algarismos.
Do Conclave à Surpresa Matemática
Enquanto Pimentel explorava essas coincidências, a eleição do 267º papa se concretizava após quatro votações, com Leão XIV eleito com, no mínimo, 89 votos. A grande surpresa foi a descoberta de que Robert Prevost, agora Leão XIV, estudou matemática antes de se aprofundar na teologia. A notícia remeteu o autor a outro papa com histórico em matemática: Silvestre II.
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Gerbert de Aurillac, que se tornou o Papa Silvestre II no ano 999, foi o primeiro papa francês. Nascido por volta de 945, ele era um intelectual renomado. Seus estudos no mosteiro de São Geraldo, perto de Aurillac, chamaram a atenção do conde Borel II de Barcelona, que o convidou para estudar no Al-Andalus, um vibrante centro intelectual, sob a orientação de Hatto, bispo de Vich.
Nessa época, Gerbert teve contato com os algarismos arábicos e a vasta matemática da tradição de Al-Khwarizmi e Al-Kindi. Inspirado por esse conhecimento, ele propôs a primeira versão do ábaco utilizando algarismos arábicos. Esse ábaco, com 27 colunas agrupadas de três em três, agilizava os cálculos a tal ponto que seu biógrafo afirmou ser mais rápido obter um resultado com ele do que expressá-lo em palavras.
O Improvável e o Inesperado
O artigo também aborda o papel das probabilidades na eleição de Leão XIV. Em muitas casas de apostas, o então cardeal Prevost tinha chances pequenas de se tornar papa, algo em torno de 1% ou 2%. No entanto, foi o escolhido. Mais improvável ainda seria a existência de outro Robert Prevost, contemporâneo ao papa, que escreveu um tratado sobre a relação entre a teoria da probabilidade e a explicação teísta.
Surpreendentemente, esse outro Robert Prevost existe e é o autor de Probability and the Theistic Explanation, publicado pela Oxford University Press, obra erroneamente atribuída ao novo papa por alguns colegas. Essa curiosa coincidência demonstra como a realidade pode ser, por vezes, mais estranha que a ficção.
Quando pensamos que um papa matemático é uma novidade, somos lembrados de que a história tem suas repetições inesperadas. E quando fatos curiosos sobre um número qualquer vêm à tona, como as propriedades do número 153, é difícil parar de explorá-los. A matemática, afinal, permeia o mundo de maneiras sutis e surpreendentes.
Assim, a eleição de Leão XIV nos presenteia com uma fascinante interseção entre fé e razão, história e matemática, mostrando que os números podem estar presentes até nos momentos mais inesperados.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.