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- Um estudo revelou que as baleias-jubarte têm visão limitada, aumentando riscos de colisões e emaranhamento em redes.
- O objetivo é alertar sobre os perigos que essas baleias enfrentam devido à sua baixa acuidade visual.
- Isso pode levar a medidas de conservação, como equipamentos de pesca mais visíveis, para proteger as baleias.
- O estudo também destaca a necessidade de adaptação humana para reduzir impactos negativos sobre essas espécies.
Você sabia que a visão de baleias jubarte é bem limitada? Um estudo recente revelou que esses gigantes dos oceanos têm uma capacidade visual surpreendentemente baixa, o que pode aumentar os riscos de colisões com embarcações e emaranhamento em redes de pesca. Vamos entender melhor essa questão e o que os cientistas estão propondo para ajudar a proteger esses animais.
Visão de baleias jubarte: um estudo revelador
As baleias-jubarte estão entre as criaturas mais impressionantes dos nossos oceanos, mas uma pesquisa recente lançou luz sobre uma vulnerabilidade surpreendente: sua visão limitada. De acordo com um estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B, esses animais têm uma capacidade visual notavelmente ruim, o que pode explicar por que são tão suscetíveis a colisões com barcos e emaranhamento em equipamentos de pesca.
Jacob Bolin, que liderou o estudo durante sua graduação em biologia marinha na Universidade da Carolina do Norte em Wilmington, explica que as simulações indicam que as baleias percebem o ambiente ao seu redor principalmente como silhuetas sombreadas. Isso dificulta a distinção de detalhes finos até que estejam muito perto, tornando as redes de pesca quase invisíveis até ser tarde demais para evitar o perigo.
Para investigar a visão das jubartes, a equipe de Bolin dissecou o olho de uma baleia juvenil que morreu em uma praia da Carolina do Norte em 2011. A eutanásia do animal em terra permitiu um estudo detalhado da anatomia ocular, revelando que uma parte significativa do olho não contribui para a visão.
Os pesquisadores descobriram que a baixa densidade de células ganglionares na retina é um fator limitante crucial. Essas células, comparáveis aos pixels de um olho, convertem a luz em sinais elétricos que o cérebro interpreta. Com menos células ganglionares, a resolução da imagem que chega ao cérebro é menor, resultando em uma visão menos detalhada. Se você se interessa por outras novidades tecnológicas, a Soundcore apresentou tecnologia de tradução por IA em fones de ouvido na Microsoft Build 2025.
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Ameaças e adaptações
A principal causa de morte de baleias-jubarte são os encontros com humanos. A dificuldade visual agrava essa situação, tornando-as mais propensas a acidentes. Colisões com barcos e emaranhamento em redes de pesca são ameaças constantes à sua sobrevivência. A situação é tão séria que inspirou cientistas a procurar formas de mitigar esses riscos.
Lorian Schweikert, bióloga e coautora do estudo, sugere que entender melhor como as jubartes e outras baleias enxergam pode levar a “estratégias para tornar os equipamentos de pesca mais visíveis”. A ideia é simples: se as baleias não conseguem ver bem as redes, que tal torná-las mais fáceis de detectar?
Apesar da visão limitada, as baleias-jubarte sobreviveram por muito tempo. Antes da proliferação de barcos e redes de pesca, elas não precisavam de uma visão tão apurada. Elas não têm predadores naturais na fase adulta e, provavelmente, dependem de outros sentidos, como o olfato, para encontrar suas presas. Diferente de seus parentes, as baleias com dentes, as jubartes não possuem ecolocalização.
Sönke Johnsen, professor de biologia da Universidade Duke e também autor do estudo, ressalta que a fascinação pelo canto das baleias e pelo sonar pode ter obscurecido a importância de entender para que servem seus olhos, aparentemente grandes, mas pouco eficientes.
Implicações e o futuro da conservação
As descobertas do estudo revelam o quão precária é a visão das baleias-jubarte. Elena Vecino Cordero, oftalmologista da Universidade do País Basco, na Espanha, que também estuda olhos de baleias, concorda com essa avaliação. Segundo ela, as estimativas de Bolin podem até ser otimistas, já que sua análise de outras espécies de baleias de barbatana encontrou densidades ainda menores de células ganglionares.
Vecino e Bolin também levantam a possibilidade de que o olho da baleia estudada possa ter encolhido durante os 12 anos em que ficou preservado, o que poderia ter levado a uma superestimação da acuidade visual. Se você busca outras informações, a Plataforma Gov.Br atinge 167 milhões de usuários no Brasil.
Apesar das limitações, entender a visão das baleias-jubarte é crucial para a conservação da espécie. Ao desenvolver equipamentos de pesca mais visíveis e implementar outras estratégias de mitigação, podemos reduzir o número de encontros fatais entre baleias e humanos. E por falar em segurança, o Sicoob lança funcionalidade de segurança Modo Guardião no aplicativo.
As baleias-jubarte podem não ter a melhor visão do mundo, mas com a ajuda da ciência e da tecnologia, podemos garantir que elas naveguem em segurança pelos oceanos. A chave está em adaptar nossas práticas para proteger esses magníficos animais.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de São Paulo