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- Menos de 0,001% do fundo do oceano foi explorado, revelando um vasto território desconhecido.
- Você pode se surpreender com o quanto ainda não sabemos sobre a vida marinha e a geologia oceânica.
- A falta de exploração dificulta a compreensão de ecossistemas e ameaças como a mineração submarina.
- Investir em pesquisa pode revelar segredos sobre a origem da vida e proteger esse ambiente único.
O fundo do oceano permanece um dos maiores mistérios do nosso planeta. Estima-se que conhecemos menos de 0,001% do leito marinho profundo, uma área surpreendentemente pequena se comparada à vastidão dos oceanos. Essa falta de conhecimento não é apenas uma curiosidade, mas um problema que impede uma compreensão completa da vida marinha, da geologia e da bioquímica dos oceanos.
A Dimensão Desconhecida do Fundo do Oceano
Sempre que alguém compara o nosso conhecimento sobre a superfície da Lua ou de Marte com o fundo do oceano, surge um certo desconforto. A primeira reação é questionar se realmente vale a pena investir tanto em pesquisa espacial, quando temos um mundo inteiro a ser explorado bem aqui, no nosso planeta.
É importante lembrar que tanto o espaço quanto as profundezas oceânicas são importantes para a curiosidade e engenhosidade humanas. Nesta semana, descobrimos o tamanho da nossa ignorância sobre o fundo do oceano, e os números são surpreendentes.
De acordo com um estudo recente, conhecemos menos de 0,001% do leito marinho profundo (abaixo de 200 metros). Para ilustrar, essa área equivale a apenas um décimo do território da Bélgica.
O Cálculo da Ignorância
A equipe liderada por Katherine Bell, da ONG americana Ocean Discovery League, chegou a essa conclusão ao analisar a cobertura visual do leito marinho. Ou seja, consideraram apenas as regiões que foram observadas e mapeadas diretamente por humanos ou câmeras.
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No estudo publicado na revista Science Advances, Bell e seus colegas estimam que, mesmo que mil plataformas de estudo fossem espalhadas pelo mundo e analisassem o leito marinho profundo a um ritmo de 3 km² por ano, levaríamos 100 mil anos para mapear tudo. Para se ter uma ideia, esse é o mesmo tempo que separa o presente do início da expansão da nossa espécie pelo planeta.
Concentração de Recursos e Desigualdade Oceanográfica
Uma das principais razões para essa lentidão é a concentração de recursos e interesse em poucas áreas. A equipe descobriu que 65% dos 44 mil mergulhos profundos analisados ocorreram perto da costa de apenas três países: EUA, Japão e Nova Zelândia. Além disso, 97% dos mergulhos foram realizados por equipes de cinco nações: EUA, Japão, Nova Zelândia, França e Alemanha.
Essa concentração de dados não é apenas uma questão de desigualdade oceanográfica. A falta de dados abrangentes dificulta a compreensão da diversidade de ecossistemas, da bioquímica e da geologia do fundo do oceano.
A vida nessas profundezas é quase um universo biológico paralelo, com parentesco com as demais espécies da Terra, mas ainda pouco compreendido. Esse mundo pode conter pistas importantes sobre como a vida começou no nosso planeta. Além disso, a crescente cobiça pela mineração submarina ameaça devastar esse tesouro antes mesmo de o conhecermos. É hora de mergulhar mais fundo e proteger esse ambiente único.
A Necessidade de Explorar o Fundo do Oceano
A falta de exploração do fundo do oceano não é apenas uma questão de curiosidade científica, mas também de necessidade. A vida nessas profundezas, embora relacionada com as demais espécies da Terra, representa um universo biológico paralelo que mal começamos a entender. Este mundo pode conter pistas essenciais sobre a origem da vida no nosso planeta.
A pressão da mineração submarina, que ameaça devastar e enterrar este tesouro para sempre, torna urgente a necessidade de explorar e proteger o fundo do oceano. Para você ter ideia de como o tempo urge, veja essa notícia sobre Câmara avança com novas regras para fundos setoriais de telecomunicações.
O Que Podemos Fazer
Para reverter essa situação, é essencial aumentar o investimento em pesquisa e exploração do fundo do oceano. É necessário diversificar os locais de estudo, expandindo a exploração para áreas ainda não mapeadas.
Além disso, é fundamental desenvolver novas tecnologias e equipamentos que permitam explorar as profundezas oceânicas de forma mais eficiente e sustentável. O estudo constante do fundo do oceano pode ser de grande valia.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo