A Microsoft vem demitindo dezenas de jornalistas em algumas partes do mundo e colocando inteligência artificial para fazer o trabalho deles. São funcionários do setor Microsoft News, responsáveis pela curadoria de portais de notícias como o MSN.
Embora os funcionários não sejam jornalistas que produzem matérias originais, e sim são responsáveis pela filtragem do que aparece nos portais da empresa, muitos especialistas temem que máquinas não sejam capazes de fazer um trabalho tão sensível que envolve cuidados em não colocar por acidente no portal material violento, erótico ou outros parecidos.
Isso não é exatamente algo novo, o Google há anos que também faz o mesmo na curadoria do Google News ou mesmo na escolha de vídeos que vão para a seção “Em alta” do Youtube.
Aparentemente, ao menos 50 pessoas foram demitidas nos Estados Unidos e mais 27 no Reino Unido, como reporta o The Guardian — mas o número pode ser maior, já que outras divisões como essa estão espalhadas pelo mundo, com contratações via empresas ou agências terceirizadas.
“Como todas as empresas, avaliamos nossos negócios de forma regular. Isso pode resultar no aumento dos investimentos em alguns lugares e, de tempos em tempos, reimplantações em outras. Essas decisões não são resultado da recente epidemia”, disse a empresa em uma declaração oficial enviada ao Business Insider.
A Microsoft está no ramo de notícias há mais de 25 anos, depois de lançar o MSN em 1995. No lançamento do Microsoft News, há quase dois anos, a Microsoft revelou que havia “mais de 800 editores trabalhando em 50 locais em todo o mundo. . ”
A Microsoft vem gradualmente migrando para a IA em seu trabalho no Microsoft News nos últimos meses e incentivando editores e jornalistas a usar a IA também. A Microsoft usa a IA para procurar conteúdo, processá-lo e filtrá-lo e até sugerir fotos para editores humanos combinarem. A Microsoft estava usando editores humanos para selecionar as principais notícias de várias fontes para exibir no Microsoft News, MSN e Microsoft Edge.
Com informações do The Verge