Múmia sul-americana revela tatuagens únicas nunca antes vistas

Estudo revela tatuagens inéditas em múmia sul-americana, usando técnicas avançadas de imagem para preservar o tecido.
Atualizado há 4 dias atrás
Múmia sul-americana revela tatuagens únicas nunca antes vistas
Estudo inédito revela tatuagens em múmia sul-americana com técnicas avançadas de imagem. (Imagem/Reprodução: Super)
Resumo da notícia
    • Uma múmia sul-americana com tatuagens únicas foi estudada, revelando padrões nunca antes registrados.
    • Você pode entender como técnicas avançadas de imagem ajudam a desvendar segredos históricos sem danificar artefatos.
    • A descoberta impacta o estudo da história da tatuagem e das culturas antigas, oferecendo novas perspectivas.
    • A análise da tinta de magnetita sugere conhecimentos avançados sobre recursos naturais na época.
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As tatuagens não são uma invenção moderna. Ao longo da história, diversas culturas registraram a prática em diferentes épocas e lugares, inclusive em múmias. Identificar essas marcas em corpos mumificados é um desafio, já que a pele é um dos primeiros tecidos a se decompor. No entanto, um recente estudo revelou detalhes surpreendentes sobre uma múmia sul-americana com tatuagens únicas, preservada em um museu italiano há quase um século.

Múmias Sul-Americanas e a Preservação da Pele

Corpos mumificados são importantes para revelar a história das tatuagens. Muitas múmias sul-americanas foram preservadas em desertos costeiros, o que ajudou a conservar seus tecidos moles, incluindo a pele. Essa conservação permitiu que pesquisadores identificassem um padrão de tatuagens único no rosto de uma múmia de uma mulher sul-americana, atualmente armazenada na Itália.

A origem exata da múmia é desconhecida. A múmia foi doada ao Museu Italiano de Antropologia e Etnografia como parte de um lote de “artefatos sul-americanos” há quase um século. Naquela época, o contrabando de restos mortais, artefatos culturais e fósseis era comum, sem muita fiscalização, especialmente de países da América, África e Ásia para a Europa.

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Seria importante saber a origem exata desta múmia, pois o contexto poderia fornecer informações valiosas sobre o sepultamento e a sociedade em que ela vivia. Sem esses dados, os pesquisadores supõem que ela veio da região de Paracas, na costa sul do Peru, onde outras múmias foram encontradas sentadas na mesma posição.

Datação e Análise das Tatuagens

A datação por radiocarbono dos tecidos do corpo indica que a mulher viveu entre 1215 e 1382 d.C., aproximadamente 800 a 700 anos atrás. A análise foi publicada na revista científica Journal of Cultural Heritage. As tatuagens não são muito evidentes, pois a mumificação escureceu e danificou a pele. Para visualizá-las melhor, a equipe usou técnicas de imagem com diferentes comprimentos de onda, revelando as tatuagens sem destruir o tecido da múmia.

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A mulher tem uma pequena tatuagem em forma de “S” em um dos pulsos, um local comum para tatuagens em culturas daquela época. O destaque desta múmia são as tatuagens nas bochechas, compostas por três linhas simples. “As três linhas de tatuagem detectadas são relativamente únicas: em geral, marcas no rosto são raras entre os grupos da região andina, e ainda mais raras nas bochechas”, afirmaram os autores do estudo.

Composição Química da Tinta: Uma Descoberta Inédita

A composição química da tinta preta surpreendeu os pesquisadores. Em vez de ser feita de carvão vegetal, como é comum, a tatuagem foi feita de magnetita, um minério de ferro preto. Esse tipo de pigmento nunca foi encontrado em nenhuma outra múmia sul-americana. Os autores ressaltam que poucos estudos se dedicam a essa análise química, então pode haver outras tatuagens deste tipo ainda não analisadas.

Embora alguns materiais à base de carbono também tenham sido encontrados na composição da tinta, os pesquisadores acreditam que a adição não foi intencional e pode ter ocorrido durante a preparação dos pigmentos. A descoberta da tinta de magnetita abre novas perspectivas sobre os materiais e técnicas utilizados pelas culturas antigas para a criação de tatuagens. Essa análise detalhada da composição da tinta utilizada nas tatuagens da múmia revela um conhecimento avançado sobre os recursos naturais disponíveis e suas aplicações estéticas e culturais.

O Significado Cultural das Tatuagens

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A pesquisa sobre a múmia sul-americana com tatuagens oferece insights valiosos sobre as práticas culturais e os costumes das sociedades antigas. As tatuagens faciais, em particular, sugerem que a mulher ocupava um status diferenciado em sua comunidade, já que essas marcas eram raras na região andina. A escolha da magnetita como pigmento também pode indicar um significado simbólico ou religioso associado ao ferro, um material valorizado por suas propriedades e durabilidade.

A análise do chipset Xiaomi XRING 01 não foi realizada neste estudo, mas, assim como a investigação de componentes tecnológicos avançados revela detalhes sobre a inovação e o desenvolvimento de produtos modernos, o estudo das tatuagens da múmia lança luz sobre a sofisticação e a complexidade das culturas antigas.

Implicações e Próximos Passos

A descoberta das tatuagens de magnetita na múmia sul-americana destaca a importância de estudos interdisciplinares que combinam arqueologia, química e técnicas de imagem para desvendar os segredos do passado. A pesquisa futura pode se concentrar em analisar outras múmias da região andina em busca de pigmentos incomuns e padrões de tatuagem semelhantes. Além disso, é essencial realizar estudos comparativos com outras culturas que praticavam a tatuagem para entender melhor a disseminação e a evolução dessa forma de expressão artística e cultural.

A análise da múmia sul-americana com tatuagens de magnetita representa um avanço significativo no estudo da história da tatuagem e das culturas antigas da América do Sul. A combinação de técnicas de imagem e análise química permitiu revelar detalhes surpreendentes sobre a composição da tinta e o significado cultural das tatuagens faciais. Essa descoberta destaca a importância de preservar e estudar os restos mortais antigos para obter insights valiosos sobre o passado da humanidade.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Superinteressante

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.