Proteína do veneno da cascavel pode combater câncer de mama agressivo, aponta estudo da USP

Estudo da USP revela que proteína do veneno da cascavel pode ser eficaz contra câncer de mama agressivo, abrindo novas possibilidades de tratamento.
Atualizado há 6 horas
Proteína do veneno da cascavel pode combater câncer de mama agressivo, aponta estudo da USP
Proteína do veneno da cascavel pode revolucionar tratamento do câncer de mama agressivo. (Imagem/Reprodução: Super)
Resumo da notícia
    • Pesquisadores da USP descobriram que uma proteína do veneno da cascavel pode combater células de câncer de mama agressivo.
    • O estudo visa oferecer uma alternativa mais eficaz e menos invasiva para o tratamento do câncer de mama triplo negativo.
    • Essa descoberta pode reduzir a mortalidade em casos de câncer de mama agressivo, beneficiando milhares de mulheres.
    • A pesquisa ainda precisa passar por testes em animais e humanos antes de ser aplicada em tratamentos.
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Pesquisadores da USP descobriram que uma proteína do veneno da cascavel pode ser eficaz contra o câncer de mama agressivo. Estudos de laboratório mostraram que a toxina consegue eliminar e impedir a proliferação de um tipo de tumor que está ligado a um alto risco de mortalidade em mulheres. Essa descoberta abre novas perspectivas para o tratamento dessa doença que afeta milhões de pessoas no mundo.

Descoberta promissora: Proteína do veneno da cascavel contra o câncer de mama

Uma pesquisa recente realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP revelou que uma substância derivada do veneno da cobra cascavel pode ser utilizada para combater células de tumores agressivos de câncer de mama. O estudo foi realizado in vitro, ou seja, em células cultivadas em laboratório.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2022, foram registrados 2,3 milhões de novos casos e cerca de 670 mil mortes em decorrência da doença. No Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estima que, entre 2023 e 2025, aproximadamente 73.610 mulheres serão diagnosticadas com esse tipo de tumor. Os dados mais recentes são de 2022.

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A crotoxina, proteína do veneno da cascavel, é um polipeptídeo extremamente tóxico, que precisa ser manipulado em laboratório para fins terapêuticos. Há cerca de 20 anos, diversas pesquisas vêm investigando o potencial anti-inflamatório e antitumoral dessa substância.

Segundo Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan, a crotoxina possui atividade imunomoduladora, ou seja, ela é capaz de modular mecanismos do sistema imune, induzindo ou inibindo a secreção de determinados mediadores.

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Como a crotoxina age contra o câncer de mama

Nos testes de laboratório, a crotoxina eliminou e impediu a proliferação das células triplo negativo, um tipo de câncer de mama presente em 15% dos casos. Apesar de a porcentagem parecer pequena, esses casos são os que apresentam maior taxa de mortalidade. A pesquisa foi publicada na revista científica Toxicon.

De acordo com Camila Marques de Andrade, primeira autora do artigo, essa pesquisa faz parte de um projeto maior que visa avaliar a atividade antitumoral da crotoxina em diversos tipos de culturas de células de câncer de mama, como por exemplo, a Huawei desenvolve sensores de câmera próprios para nova geração de smartphones.

Ainda segundo a pesquisadora, os tumores de mama podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de alguns receptores na célula cancerígena. Um desses tipos é o chamado triplo negativo, que corresponde ao pior prognóstico da doença. Nesses casos, os tumores são pouco diferenciados, a mortalidade é alta e não há resposta à terapia.

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Atualmente, o tratamento mais comum para o câncer de mama triplo negativo envolve a combinação de dois tipos de medicamentos: as antraciclinas, como a doxorrubicina, e os taxanos. Esses medicamentos são administrados diretamente na corrente sanguínea durante as sessões de quimioterapia.

Apesar de serem amplamente utilizados, Marques de Andrade ressalta que os tumores nem sempre respondem bem a esse tratamento e que os medicamentos podem causar diversos efeitos colaterais. É sempre bom lembrar que o iPhone oferece recursos de acessibilidade para inclusão de pessoas com deficiência.

Próximos passos para o uso da Proteína do veneno da cascavel

Embora os resultados sejam promissores, o uso da crotoxina como medicamento ainda precisa passar por diversas etapas de pesquisa. Antes de ser utilizada em tratamentos, a substância precisa ser testada em animais e, posteriormente, em humanos. Além disso, é necessário ajustar as doses para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. A previsão é que todas essas etapas levem cerca de 10 anos de pesquisa.

A descoberta dessa proteína do veneno da cascavel com potencial para combater o câncer de mama agressivo representa um avanço significativo na busca por tratamentos mais eficazes e menos invasivos para essa doença. Os próximos anos serão cruciais para confirmar esses resultados e transformar essa promessa em realidade para milhares de mulheres em todo o mundo.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.