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- Um estudo da NASA revelou que a assimetria interna da Lua explica as diferenças entre os lados visível e oculto.
- Você pode entender melhor a história e evolução da Lua, além de como isso impacta futuras missões espaciais.
- Essa descoberta pode melhorar a navegação e exploração lunar, beneficiando missões futuras.
- A pesquisa também pode ser aplicada a outros corpos celestes, ampliando nosso conhecimento do Sistema Solar.
Já se perguntou por que a Lua parece diferente de cada lado? Um estudo recente da Nasa pode ter desvendado esse mistério! Através da análise da gravidade lunar, os cientistas descobriram que o interior da Lua não é uniforme, o que pode explicar as diferenças visíveis entre o lado que vemos e o lado oculto. Essa descoberta abre portas para entendermos melhor a história e a evolução do nosso satélite natural, além de auxiliar em futuras missões exploratórias.
Desvendando a Diferença dos lados da Lua: Assimetria interna como chave
Um novo estudo sobre a gravidade lunar oferece pistas importantes sobre as diferenças entre os lados da Lua: o lado próximo, que sempre está voltado para a Terra, e o lado afastado, que permanece oculto. Dados da missão Grail (Laboratório de Recuperação de Gravidade e Interior), da Nasa, revelam que o interior profundo da Lua possui uma estrutura assimétrica, resultado de intensa atividade vulcânica no lado próximo há bilhões de anos.
Essa atividade vulcânica antiga parece ter moldado as características da superfície lunar. A Nasa está sempre em busca de desvendar os mistérios que a Lua esconde, buscando novas tecnologias e maneiras de conhecer mais a fundo nosso satélite natural.
Os pesquisadores descobriram que o lado próximo da Lua se flexiona mais que o lado afastado durante sua órbita ao redor da Terra, devido à influência gravitacional do nosso planeta. Esse fenômeno, conhecido como deformação de maré, indica diferenças na camada geológica chamada manto.
O Manto Lunar e a Atividade Vulcânica
“Nosso estudo mostra que o interior da Lua não é uniforme: o lado próximo é mais quente e geologicamente mais ativo nas profundezas do que o lado oposto”, explica Ryan Park, supervisor do Grupo de Dinâmica do Sistema Solar no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, e principal autor do estudo publicado na revista Nature.
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O lado próximo da Lua é caracterizado por vastas planícies, chamadas mares, formadas por rocha derretida que esfriou e solidificou. Já o lado afastado possui um terreno mais acidentado, com poucas planícies. Alguns cientistas acreditam que o intenso vulcanismo no lado próximo causou o acúmulo de elementos radioativos geradores de calor, resultando nas diferenças de superfície observadas hoje. As novas descobertas reforçam essa hipótese.
Estima-se que o manto do lado próximo seja, em média, 100 a 200 graus Celsius mais quente que o do lado afastado. Essa diferença de temperatura pode ser mantida pelo decaimento radioativo dos elementos tório e titânio no lado próximo.
Composição e Estrutura Interna da Lua
Com um diâmetro de aproximadamente 3.475 quilômetros, a Lua tem pouco mais de um quarto do diâmetro da Terra. O manto lunar, localizado abaixo da crosta e acima do núcleo, se estende de 35 a 1.400 quilômetros sob a superfície. Ele representa cerca de 80% da massa e do volume da Lua, sendo composto principalmente pelos minerais olivina e piroxênio, semelhantes ao manto terrestre.
“O fato de que a assimetria detectada no manto corresponde ao padrão da geologia da superfície sugere que os processos que impulsionaram o vulcanismo lunar antigo estão ativos hoje”, explica Alex Berne, cientista planetário computacional do Caltech e coautor do estudo. Essa correspondência entre a estrutura interna e a geologia da superfície reforça a importância do estudo para a compreensão da evolução lunar.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados das naves espaciais Ebb e Flow da missão Grail, que orbitaram a Lua de dezembro de 2011 a dezembro de 2012. A análise desses dados permitiu criar o mapa gravitacional mais detalhado e preciso da Lua até o momento.
Implicações para Futuras Missões Lunares
“Nosso estudo fornece o mapa gravitacional mais detalhado e preciso da Lua até o momento”, afirma Park. Esse mapa aprimorado é fundamental para o desenvolvimento de sistemas lunares de posicionamento, navegação e cronometragem (PNT), essenciais para o sucesso de futuras missões de exploração lunar. Um sistema de referência lunar preciso e um sistema de tempo confiável permitirão uma navegação mais segura para espaçonaves e operações na superfície.
Segundo os pesquisadores, a metodologia utilizada no estudo, com a análise de dados gravitacionais para avaliar o interior lunar, pode ser aplicada a outros corpos celestes do Sistema Solar, como Encélado e Ganimedes, luas de Saturno e Júpiter, que são de grande interesse na busca por vida fora da Terra.
Além disso, as descobertas do estudo contribuem para a compreensão da Lua, nossa eterna companheira. “A Lua desempenha um papel vital na estabilização da rotação da Terra e na geração das marés oceânicas, que influenciam sistemas naturais e ritmos diários”, destaca Park. Apesar do conhecimento já adquirido sobre a superfície e o interior da Lua por meio de missões, muitas questões sobre sua estrutura profunda e história ainda permanecem sem resposta.
Outras informações relevantes sobre astronomia podem ser encontradas em outras publicações da Folha, onde você pode saber sobre o lançamento de sistema de navegação semelhante ao GPS para a Lua.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo