A Claro anunciou hoje (2), simultaneamente ao lançamento do novo Motorola Edge, a implantação comercial da primeira rede comercial 5G do Brasil. Embora frequências de redes 5G oficiais sequer tenham sido leiloadas, a operadora utilizará frequências que já detinha nas gerações anteriores de redes de celular, aplicando o compartilhamento dinâmico de espectro (DSS, na sigla em inglês) para gerenciar a rede entre diferentes tecnologias. A fornecedora da tecnologia é a Ericsson.
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A Claro não explicou exatamente quais as faixas serão usadas, porém, afirma que a aquisição da Nextel foi importante porque permitiu contar com maior capacidade em frequências. A empresa adquirida detinha espectro especialmente nas faixas de 850 MHz e 2,1 GHz (usadas no 3G) e 1,8 GHz (4G).
Com essa maior quantidade de espectro, a Claro diz ter “condições únicas para fazer o compartilhamento da rede com o 5G DSS, garantindo mais qualidade de experiência e ainda contando com o 4,5G para complementar a cobertura onde o 5G DSS ainda não está disponível”.
Isso significa que a Claro vai oferecer a quinta geração nas faixas de frequências já disponíveis atualmente e que estão alocadas ao Serviço Móvel Pessoal (SMP). A promessa da operadora é que os smartphones com 5G experimentem conexões 12 vezes mais rápidas que o 4G convencional, porém ainda não especificou quais regiões receberão a cobertura inicial do 5G DSS.
A tecnologia do compartilhamento dinâmico de espectro já havia sido demonstrada pela Claro e os mesmos parceiros – Ericsson, Motorola e Qualcomm – em fevereiro deste ano, na sede da operadora em São Paulo.
Motorola Edge é o único compatível com a rede 5G
Conforme dissemos acima, o Motorola Edge é o único smartphone compatível com a rede. O aparelho é equipado com chipset Qualcomm Snapdragon 765, que é compatível com o recurso DSS, além de suporte a frequências sub-6 GHz e de ondas milimétricas no 5G e de compatibilidade com o WiFi6. O modelo mais caro, o Motorola Edge+ não é compatível com o DSS.
Claro já tem infraestrutura pronta
Em comunicado, o presidente da Claro, José Félix, diz que a infraestrutura da operadora em 4,5G e os investimentos em outros elementos da rede permitem à empresa oferecer “uma migração gradativa e transparente para o 5G, antes mesmo das novas frequências dedicadas a essa nova tecnologia terem sido outorgadas no País”. O executivo afirma que o lançamento reforça o compromisso com o Brasil , “apesar dos tempos difíceis que vivemos no momento”.
Junto com as parceiras Ericsson, Motorola e Qualcomm, a operadora pretende trabalhar “em conjunto com a sociedade para usar o 5G como ferramenta de combate ao coronavírus e seus efeitos nocivos para a economia do País”. Isso significa iniciativas ligadas à telemedicina e educação a distância, especialmente para a população mais vulnerável.
A Claro não revelou as frequências adotadas e outros planos de implementação do 5G DSS no Brasil, mas promete anunciar nas próximas semanas a cobertura planejada e o início das vendas dos smartphones. A operadora diz que os investimentos feitos nas frequências atuais serão “aceleradores da implantação definitiva do 5G” com adição de capacidade na frequência de 3,5 GHz, a ser leiloada pela Anatel.
Com informações do tecnoblog