Durante a reunião de quarta-feira do Conselho Nacional do Espaço (NSpC), o Departamento de Defesa dos EUA se manifestou oficialmente contra o uso de testes anti-satélite (ASAT).
Em 15 de novembro, A Rússia conduziu um ASAT contra um de seus antigos satélites espiões. Infelizmente, a colisão ocorreu em uma altitude logo acima da Estação Espacial Internacional. O que então fez com que a estação voasse perto do campo de destroços e forçou a NASA, a ESA e até mesmo membros da tripulação russa a suas respectivas espaçonaves por segurança.
Durante a reunião, presidida pela vice-presidente Kamala Harris, a vice-secretária de Defesa Kathleen Hicks se manifestou contra mais testes ASAT a serem realizados.
Gostaríamos de ver todas as nações concordarem em abster-se de testes de armas anti-satélite que criam detritos. Tal demonstração de desrespeito deliberado pela segurança, proteção e sustentabilidade no espaço deve ser condenada e ressalta a urgência de se agir em defesa do desenvolvimento de normas compartilhadas e da sustentabilidade de longo prazo do espaço sideral.
Secretária Adjunta de Defesa Kathleen Hicks
Autoridades russas convocaram os EUA para o teste ASAT em 2008; no entanto, a escala desse teste foi relativamente contida em comparação com a da Rússia.
Até agora, quatro países realizaram testes ASAT, incluindo Estados Unidos, Rússia, China e Índia. O mais notório é o da China, que criou cerca de 40.000 pedaços de destroços em uma órbita relativamente alta ao redor da Terra.
Durante a reunião NSpC de quarta-feira, foi discutido o início de planos de trabalho com outras nações para ajudar a interromper esse tipo de teste e punir aqueles que o fazem. Publicamente, isso parece ser bem aceito; no entanto, só o tempo dirá se este será o susto final para o acesso ao espaço ou mais virão.
Agora é a hora de pegar essas palavras e colocá-las em leis e tratados que proíbem esses testes, semelhante ao banimento dos testes de armas nucleares.
Embora exemplos como o veículo de teste dedicado da Índia, projetado para limitar os detritos orbitais, tenham sido vistos com bons olhos. Mesmo com uma compacidade limitada, permitir que os testes continuem aumentará as tensões, causando uma divisão ainda maior entre as nações.
